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A opinião e razões dos signatários da Petição: Petição pelo aumento das garantias de imparcialidade nos concursos da carreira docente universitária, para Cidadãos Portugueses

Nome Comentário
Aires A. Assino a petição apesar de acreditar que o recurso a colegas estrangeiros não resolva os principais problemas: a atitude corporativa e a impunidade. Os júris decidem incompreensivelmente e os tribunais dão-lhes razão…
Tiago M. Não tenho a certeza se a solução proposta é a melhor, embora seja sem dúvida preferível à situação que temos actualmente. A contratação de quadros universitários deve ser feita com base no mérito dos candidatos e de forma o mais imparcial possível.
Lúcia R. Os concursos deviam ser nacionais, tal como acontece em Espanha, uma ou duas vezes por ano, em que os candidatos assinalam as suas preferências em relação às vagas disponíveis em cada Universidade.
Rui C. Gostaria de iniciar o comentário referindo que a petição deveria ser "Pela Existência de Imparcialidade nos Concursos da Carreira Docente Universitária". Falar-se de aumento de garantias pressupões que elas existem, o que é de todo falso pois as chaves desses concursos são sempre preparadas de forma a salvaguardar um determinado candidato eliminando ao máximo todos os outros possíveis competidores. Estou solidário com a necessidade de se tratar de forma bem mais séria todo e qualquer concurso que vislumbre a ocupação de lugares no funcionalismo público pois o salário de cada um desses funcionários a todos diz respeito e como tal não se podem contratar os mais incapazes, os mais ineficientes e acima de tudo os mais incompetentes. É que em cada pequeno nicho que cada um conhece os casos de inutilidade extrema são por demais evidentes e pior ainda, quanto mais inútil o indivíduo mais rapidamente é promovido. Tudo serve para justificar o injustificável e nada pode ser feito em abono de verdade pois basta olhar para a constituição do nossos parlamentos e governos para perceber que "imparcialidade" e "meritocracia" são vocábulos ausentes do dicionário de contratações.
Rui S. A objectividade e necessidade imposta por esta petição é indiscutivelmente. Concordo plenamente com uma mudança de critérios. Primeiro que tudo deverá começar por uma alteração dos membros que compõem o júri. Mas isso terá de ocorrer na exclusão completa de influência por parte da entidade que irá acolher o candidato seleccionado (caso contrário, o "tráfico de influências" continuará a persistir). Depois os meios de avaliação têm de ser generalizados a todos os candidatos (não apenas colocar em demasia peso no CV) e sim, bloquear em certa medida o acesso a esses concursos de membros com doutoramentos obtidos nessa instituição. O que acontece actualmente é uma selecção por network linkage e não por mérito. Em bom nome da verdade, não podemos ser ingénuos ao pensar que assim se elimina por completo um problema, mas é o primeiro passo para minimizar o bias associado do sistema e aumentarmos a eficiência do mecanismo. Caso contrário, jovens, em que eu me incluo, continuam a não ter outra alternativa que não passe pelo estrangeiro e um projecto de vida que pelos vistos terá sempre Portugal como local de exclusão. Rui Silva, Doctoral Fellow at University of Milan
Duarte M. Professor Associado, North Carolina State UNiversity
Marco A. Esta é, sem dúvida, uma petição obrigatória que merece o apoio de todos os que defendem a meritocracia e a carreira docente universitária. Todos conhecem exemplos flagrantes e escandalosos de concursos abertos e ganhos injustamente. Só há poucos anos comecei a concorrer e, entre esposas e protegidos, é frustante perder para pessoas sem qualquer mérito. Depois dizem que quem reclama é problemático! Inventam fórmulas mirabolantes, critérios absurdos (onde projectos não financiados valem mais do que projectos financiados ou a orientação de alunos de licenciatura vale mais do que orientação de alunos de doutoramento); são os famosos "tetos" de pontuação onde ter 4 artigos científicos vale tanto quanto ter 80 (!); mentiras no CV de "boa-fé". Tenho visto de tudo e tudo é permitido. E o pior é que a situação tem vindo a agravar-se. Se nada for feito para mudar o rumo dos acontecimentos, corremos o risco de premiar a mediocridade e afastar da carreira docente pessoas realmente boas. No entanto deveríamos ter em consideração que afastando os "bons" os medíocres até parecem medianos mas podem não ser capazes de fazer o nosso sistema universitário evoluir...
Pedro C. Assino a petição porque reconheço o problema. Não me parece, no entanto, que a solução proposta seja a melhor para as garantias pedidas.
Álvaro R. Assino a petição mas não me parece que o recurso a membros externos estrangeiros surta grande efeito. Sou mais apologista da criação de um tribunal arbitral para casos de manifesto desequilíbrio na avaliação dos CVs, no qual possam existir pareceres de peritos a provarem que houve negligência/desonestidade dos membros do júri relativamente às votações que fizeram e assim ser fácil anular concursos onde por exemplo vemos candidatos com CV muito inferior a ficarem à frente de candidatos que deveriam ser os vencedores. Sou igualmente a favor de cotas, por exemplo, uma universidade não poder ter no seu quadro mais do que 25% de doutores formados por si. Em Portugal há uma situação ainda mais grave, merecedora uma petição: as universidades públicas fundação. Nestas há júris com membros maioritariamente da casa, com leis privadas, etc. Esta é uma das coisas que mais me preocupa: universidades públicas que se alimentam dos nossos impostos, com leis próprias que violam a constituição portuguesa, não promovendo a igualdade de oportunidades nem de tratamento na contratação de pessoal. Pago impostos para meia dúzia de pessoas se entronizarem!
Pedro C. Basta não permitir a contratação de doutorados na mesma universidade. É muito simples de implementar. Os rankings (francamente maus) agradecem.
Carina G. A solução sugerida pelo Pedro Mendes parece-me a mais interessante e eficaz
Francisco N. Todos os concursos públicos há muito que deviam ter garantias reforçadas de imparcialidade. Infelizmente na maior parte dos casos são apenas formalidades para escolher um candidato para o qual é aberto o concurso.
Catarina S. Acho muito estranho que Portugal tenha taxas de endogamia de quase 90% quando na Alemanha e no Reino Unido esse valor seja inferior a 10% como é referido no texto da petição.
António L. Acho deploráveis as declarações do tal Jorge Pais da Universidade do Minho. Deve achar que as universidades públicas são clubes privados. Por mim até podem ser basta que deixem de receber dinheiro do orçamento de estado. Nessa altura podem contratar quem quiserem. Até mesmo o Pinto da Costa para dar aulas de ética no curso de Filosofia.
Paulo A. Não sei se haverá concurso com júri Internacional que salve o sistema ...
João S. Concordo. Penso que não se trata tanto decapitar modelos "lá de fora", mas de pensar na realidade nacional. Num país pequeno a tendência para a promiscuidade de interesses é mais forte do que noutros países maiores (leia-se com mais população). A desculpa econômica, sobre os custos de um júri internacional, ou mesmo o desconhecimento de especificidades académicas próprias" como argumenta o professor Krugar, parece-me bastante fraca face ao que está em jogo, a qualidade do ensino superior. Também não concordo com a ideia de criação de uma bolsa de vogais, pois todos sabemos quem iriam ser esses vogais e lá voltávamos ao mesmo. A escolha dos elementos do júri deve ser deixada às Universidades convidadas e estas devem ser sempre colocadas em diferentes parcerias. Afinal trata-se de criar maior transparência e rigor, ou é apenas mais uma boa ocasião para criar outro nível de "esquemas".
Pedro S. A meu ver a solução mais expedita e sem impacto orçamental passa por proibir por via legislativa que as universidades contratem os seus próprios doutorados como já sucede noutros países. Amito porém que tal se faça somente para os concursos de Associado e Catedrático e nos cursos que já tenham percentagens de endogamia superiores a 50%.
Maria R. Acho que a solução proposta pelo Mário faz sentido de um ponto de vista teórico mas será dificil de implementar e é por isso muito pouco provável que algum dia veja a luz do dia.
João S. O Pedro tem razão quando diz que impôr uma maioria de jurados de universidades estrangeiras teria custos bastante elevados que o actual momento de crise não permite contudo acho que isso poderia fazer-se somente nos concursos para os lugares de Catedrático, mas para essa categoria entendo que todo os jurados deviam pertencer a universidades estrangeiras.
Pedro L. Assinei a petição embora ache que a alteração legislativa nela proposta não seja exequivel pois iria implicar um aumento de custos. Ainda assim acho necessário discutir este tema para se achar uma solução que acabe de vez com a palhaçada em que se tornaram estes concursos.

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