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Por uma televisão digna e de valores

Para: Ao Exmo. Senhor Presidente da República; Ao Exmo. Senhor Presidente da Assembleia da República, À Exma. Senhora Ministra da Presidência e da Modernização Administrativa; À Exma. Senhora Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade; À Exma. Senhora Presidente da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género; Ao Exmo. Senhor Presidente da Direção Executiva da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC);

Ao Exmo. Senhor Presidente da República;
Ao Exmo. Senhor Presidente da Assembleia da República,
À Exma. Senhora Ministra da Presidência e da Modernização Administrativa;
À Exma. Senhora Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade;
À Exma. Senhora Presidente da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género;
Ao Exmo. Senhor Presidente da Direção Executiva da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC);

É grande a sensibilidade pública do nosso país para os temas da igualdade entre mulheres e homens motivada pelos avanços sociais e civilizacionais que reconhecemos em Portugal, com especial relevo nestes últimos dias pela proximidade temporal às comemorações do Dia Internacional da Mulher. No entanto, e mesmo perante tudo isto, parece-nos que a SIC e a TVI dão provas evidentes de não acompanhar este importante momento social e político que vivemos.

Os programas televisivos “Quem Quer Namorar com o Agricultor?” e “Quem Quer Casar com o Meu Filho?” são momentos particularmente obtusos e desregulados, completamente dissociados de um país onde todos têm direitos iguais e merecem igual respeito, seja qual for o seu género. No primeiro, 5 agricultores selecionam de um lote de mulheres aquelas que querem conhecer melhor para terem uma relação amorosa. No segundo, os filhos acompanhados pelas mães selecionam de um conjunto de candidatas aquelas que mais lhes agradam.

Não sabemos o que impressiona mais… Se os comentários abjetos, se os considerandos grotescos. As mulheres que têm de saber cozinhar, as mulheres que têm de se adaptar aos gostos dos homens, os conceitos de disparidades de idades, a subserviência exigida, as avaliações às mulheres… As mulheres que são escolhidas, as mulheres que são disputadas para a escolha final ser feita pelo homem, como se de um mercado se tratasse. Todos os estereótipos elevados e apresentados sem filtro através destes canais de televisão.

Estes programas televisivos quebram importantes laços entre a televisão portuguesa e os seus telespectadores: quebram os laços mais básicos da moralidade, da confiança e do respeito numa sociedade que queremos cada vez mais evoluída, digna e justa. Uma sociedade de princípios e de valores na qual queremos viver e que queremos deixar no legado das gerações futuras.

Poderia pensar-se que estes formatos televisivos seriam apenas uma febre de momento, comentários soltos sem preparação. Mas tal não é verdade. Conteúdos destes géneros e modelos têm de ser preparados, pensados, filmados, gravados e agendados. Passaram de mão em mão com a conivência de participantes, diretores de conteúdos, presidências e administrações. Em 2 canais diferentes, em horário nobre, preparados para o mesmo dia! E repetimos!... Na mesma semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, na mesma semana em que o Governo decreta um dia de luto nacional pelas vítimas de violência doméstica…

Perante isto, digamos bem alto e a uma só voz, basta! Não nos revemos nesta forma de fazer televisão e entretenimento. Não nos revemos nesta forma de educação que é também do que se trata. Acreditamos que não é aceitável esta subversão do espaço público. São várias as gerações, são vários os protagonistas que podem fazer algo para mudar isto.

Como tal, apelam os subscritores que Suas Excelências, pelas funções públicas de que estão investidos, se dignem a travar este atentado público à dignidade, dentro dos poderes políticos e constitucionais que vos estão conferidos.

Pelos subscritores,

Grupo de 10 jovens (por ordem alfabética)

Catarina Marques Rodrigues
Daniel Filipe Silva Ermida Martins de Freitas
Hugo Daniel Alves Martins de Carvalho
Ivo Luís Azevedo da Costa Santos
Joana Sofia Pereira Magalhães
João Pedro Rocha Videira
Juliana Canedo da Rocha
Maria Inês Pádua Correia Santos Silva
Marianna Albertina Ottati Cardoso
Paulo Jorge Tomás Santos



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Esta petição foi criada em 13 Março 2019
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