Contra o fim da atual linha Amarela do Metro de Lisboa
Para: pessoas
Para: Presidente da República, Assembleia da República, Primeiro Ministro
Exmo. Senhor Presidente da República
Exmo. Senhor Presidente da Assembleia da República
Exmo. Senhor Primeiro Ministro
Existe o plano de a linha amarela do Metro de Lisboa passar a ligar apenas Odivelas a Telheiras. A alteração ocorrerá quando estiver concluída a expansão entre o Rato e o Cais do Sodré, que transformará a atual linha verde numa linha circular (ao incluir o percurso que atualmente integra a linha amarela entre o Campo Grande e o Rato numa rota circular pelo centro da cidade). Assim, milhares de passageiros que hoje apanham o metro no concelho de Odivelas e na parte alta de Lisboa vão ser obrigados a mudar de linha no Campo Grande para chegar a estações como o Rato, o Marquês de Pombal ou o Saldanha, no centro da capital, que transitam para a futura linha verde circular.
Meus caros, segundo Vítor Santos, presidente do conselho de administração do Metro, o metropolitano é caro e só compensa financeiramente com muitos passageiros e altas frequências de passagem. “Não pode ser uma espécie de Intercidades." disse.
Em primeiro lugar, a estação de metro de Odivelas foi a terceira mais movimentada da linha amarela em 2017, ultrapassando mesmo a estação do Marquês de Pombal. Odivelas teve 7.364.376 entradas e saídas de passageiros, ficando assim só atrás do Campo Grande (com 7.987.650) e de Entrecampos (10.572.643), que foi a estação mais frequentada da linha. De acordo com notícia avançada pelo Jornal Público.
Questionamos ainda como é possível considerar estações como a Ameixoeira, Lumiar, Quinta das Conchas e Telheiras que pertencem ao município de Lisboa como "Intercidades".
Em relação ao estado do metro de Lisboa atual convido-vos a visitar o site https://perturbacoes.pt/ para confirmarem que é raro o dia em que não existe perturbações. Mas pelo menos, com as linhas atuais, caso exista uma perturbação na linha amarela "só" existe impacto na vida dessas pessoas, e vice-versa quando as perturbações são na linha verde.
Convido-vos a viajar na linha amarela às 9h00 da manhã, muitas vezes os passageiros da Quinta das Conchas (e até por vezes do Lumiar) não conseguem entrar nas carruagens por estas estarem completamente cheias. Todos estes passageiros, terão que sair obrigatoriamente no Campo Grande para trocar para a "nova Linha Verde", que irá trazer já passageiros dentro das carruagens. Será, obviamente impossível que todos consigam apanhar o primeiro metro que chegue, por isso muitos vão ter que estar por um segundo metro.
O aumento da circulação é falacioso, isto porque a redução será de pouco mais de 1 minuto em hora de ponta. Neste momento a linha amarela "teoricamente" passa a cada 4 minutos e 45 segundos (em hora de ponta), e o tempo na "nova linha verde" será de 3 minutos e 40 segundos. Quanto ao tempo do troço Odivelas-Telheiras está em aberto.
Só quem não apanha o metro todos os dias, é que não sabe o transtorno que é a mudança de linha, muitas vezes a espera pelo metro é superior ao tempo da viagem em si. Façamos o seguinte exercício, um passageiro que viva na Quinta das Conchas e que vá para Cidade Universitária, terá que esperar pelo metro 2 vezes, para fazer 2 estações. Uma pessoa que viva no Lumiar e que vá para o Oriente, vulgo expo, passará a ter que esperar pelo metro 3 vezes.
Obviamente o metro deixará de ser uma opção atrativa para estas 18.705.180 entradas e saídas de passageiros que se registaram nas estações da linha amarela situadas para norte do Campo Grande só no ano passado. Assim, muitos destes passaram a levar o seu carro para o centro da cidade afetando a vida de todos os Lisboetas. Aumentando o tráfego automóvel, o aumento da sinistralidade rodoviária, o aumento do stress, o aumento da poluição e o aumento da poluição sonora entre outros.