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Petição pela alteração do nome previsto para a ponte Lisboa/Loures no Parque Tejo

Para: Ex.mo Senhor Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas

Após a realização da Jornada Mundial da Juventude, ficam criadas estruturas na cidade e a ponte pedonal que liga os concelhos de Lisboa e Loures no Parque Tejo é uma delas.

Importa relembrar que o relatório da Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais na Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR) Portuguesa, publicado a 13 de Fevereiro de 2023, estima que serão mais de 4800 as vítimas de abuso ao longo de várias décadas.

Desse modo, excluindo que uma suposta laicidade do Estado deveria ser suficiente para acautelar que a atribuição de toponímia não fosse feita com a escolha de nomes do Clero, que em nada contribuíram com feitos assinaláveis para o município, chama-se aqui a atenção para o facto de que, escolher o nome de D. Manuel Clemente é total e completamente desajustado, como se demonstra adiante. Laicidade essa que está consagrada no n.° 1 do art. ° 4.° da Lei da Liberdade Religiosa ( Lei n.º 16/2001, de 22 de Junho) que diz expressamente que. "O Estado não adopta qualquer religião”.

Com efeito, D. Manuel Clemente é um dos nomes que está sob suspeita de ter encoberto pelo menos um crime de abuso sexual de menores por parte de um sacerdote. Se o tema exposto no parágrafo anterior pode ser discutível, esta suspeita deverá ser suficiente para, pelo menos, se ter algum pejo em se homenagear uma figura que não raras vezes se viu envolto em polémicas de vária ordem.

Sendo a ponte um dos equipamentos que foi pago com recurso a dinheiros públicos, que todos os portugueses irão pagar com assinalável esforço, o mínimo exigível será que se homenageie quem tenha factualmente marcado a diferença ou sido autor de feitos que mereçam destaque no nosso município.

Acresce o facto de este cardeal ser, inclusive, o protagonista da mais curta liderança de um Patriarca de Lisboa em mais de um século.

Não obstante o relatado atrás, este conjunto de cidadãos acredita que a homenagem que V. Exa. pretende levar a cabo, pode ser vista até como uma ofensa e/ou desrespeito pelas mais de 4800 vítimas de abuso sexual por parte da igreja em Portugal, já que este é um dos seus elementos que mais resistência criou na reação ao caso agora tornado público após o relatório da Comissão Independente de fevereiro do corrente ano de 2023.

Pelo aqui apresentado, exige-se, portanto, que a Câmara Municipal de Lisboa reverta de imediato o processo noticiado no dia 11 de Agosto e que de resto já levantou inúmeras vozes contrárias em diversas redes sociais e não só. Respeitem-se, não só os munícipes de Lisboa, mas também todos aqueles que não pactuam nem tentam esconder os crimes hediondos de que todos tivemos conhecimento e que abalaram de forma ímpar a nossa sociedade.



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Esta petição foi criada em 12 agosto 2023
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