Não vamos matar o mercado da Praça da Fruta de Caldas da Rainha
Para: Ao Excelentíssimo Senhor Presidente da Câmara Municipal de Caldas da Rainha
Os abaixo assinados, residentes e domiciliados no concelho de Caldas da Rainha, ao tomarem conhecimento da intenção de algumas pessoas em acabar definitivamente com o mercado da Praça da Fruta, vem por este meio pedir não só que tal não seja permitido, como pedir que a câmara municipal de Caldas da Rainha não desvie os seus recursos mantendo o mercado da Praça da Fruta longe do seu lugar original para além do tempo estritamente necessária por motivos de saúde publica.
Para além disso, queremos que a Câmara Municipal invista na praça da fruta para resolver os 4 principais problemas dessa praça, nomeadamente: A falta de condições durante o inverno, as poucas sombras durante o verão, a logística envolvida no montar e desmontar da praça e as questão sanitária.
Sugerimos que para isso seja criado um estudo das necessidades de comerciantes, residentes e vendedores da praça seguido de um concurso de ideias que envolva equipas mistas de designers e arquitectos para projectar uma praça da fruta que viva mais um século servindo toda a comunidade mas sem nunca perder a sua identidade histórica.
O mercado da Praça da Fruta é um dos monumentos mais emblemáticos da cidade das Caldas da Rainha, não só pela história secular que guarda, mas por ser vivo, dinâmico e que se renova todos os dias.
Os mercados de rua estão intimamente ligados à energia, história e identidade do espaço onde estão inseridos, uma praça da fruta confinada em um armazém fora desse local, nunca será A praça da fruta.
Existem muitos exemplos de como a destruição da história, dos pólos comerciais e o negligenciar de ofertas âncora nos centros das cidades acabaram por destruir o tráfego e a vida dessas mesmas cidades.
Essas cidades em pouco tempo tornaram-se desertos, sem identidade as lojas fecharam, as esplanadas desapareceram, os edifícios degradaram-se, a criminalidade e vandalismo aumentou, o turismo desinteressou-se, as praças e ruas vazias morreram…
E depois da cidade morrer, muito dificilmente ela voltará.