Petição Apoio ao Primeiro Ministro de Portugal - A favor da Justiça|Contra campanhas
Para: Assembleia da República; Primeiro Ministro
O povo português reforçou muito recentemente a confiança no Sr. Primeiro Ministro José Sócrates, através do mais seguro meio de expressão democrática. No entanto, assistimos ao constante ataque ao Primeiro Ministro de Portugal, por parte de sectores partidários e privados que não medem meios para atingir o seu fim que não alcançaram nas últimas eleições legislativas.
Ninguém está acima da lei, e os seguintes signatários querem uma vez mais reforçar a sua confiança no actual Primeiro Ministro, não defendendo um tratamento privilegiado acima da lei, mas exigimos que à semelhança de qualquer outro cidadão, que a justiça funcione dentro da alçada da justiça até que surjam provas, julgamento e conclusões, sem jogos de opinião pública que apenas denigrem a Justiça e a democracia e não parecem ter o objectivo de esclarecer mas acima de tudo promover a instabilidade política e o desprezo pelas, até há bem pouco tempo, prioridades do país.
Pela liberdade de expressão, queremos poder dizer livremente que apoiamos o actual Primeiro Ministro e que independentemente de alguma irregularidade que o possa ou não envolver, a função do povo é respeitar minimamente o Primeiro Ministro de Portugal que até condenação contrária, como qualquer outro cidadão, é inocente. O julgamento cabe à justiça. A opinião pública não pode acusar seriamente alguém, quando quem tem essa função ainda não deu esse passo e quem sabe se algum dia terá reais motivos e indícios para o fazer.
Manifestamos o nosso total repúdio pela forma como estas questões têm sido tratadas. É incompreensível que se fale em liberdade de expressão condicionada enquanto servem para denegrir terceiros, vejamos, conversas de café e de restaurante, onde se diz que se ouve mas onde ninguém dá a cara e assumir aquilo que supostamente ouviu. Repudiamos escutas orais e a tentativa de condicionar a liberdade de expressão à mesa dos portugueses.
Repudiamos a publicação de elementos de processos, que nada provam nem nada desmentem, que apenas semeiam a desconfiança, que nunca poderiam ser públicos se aquilo a que se refere não é do domínio público. Exigimos portanto investigação ao mais alto nível para responsabilizar aqueles, que por interesse pessoal , económico ou partidário desrespeitam a confiança que o seu cargo na justiça lhes confere.
Afirmamos o nosso repúdio, sobre a instabilidade política e julgamentos em praça pública cirurgicamente levados a cabo como ataque a uma única pessoa a quem , até prova/conclusão de contrário, devemos o mínimo de respeito.
Pela Liberdade de expressão, pelo respeito pelos altos representantes eleitos democraticamente pelos portugueses, exigimos mais seriedade entre partidos e mais justiça na Justiça.
Exigimos que as questões do desemprego, endividamento externo, saúde e educação sejam tratadas como prioridades e não como questões secundárias face a questões de justiça que tentam ser puxadas para entre as disputas partidárias.
Queremos tratamento igualitário entre todos os cidadãos. Exigimos portanto que as escutas e outras provas/indícios com ou sem relevância criminal sejam salvaguardadas pela justiça durante os processos, ou, em alternativa, que sejam levantadas escutas sobre todos os deputados actualmente em funções no Parlamento e anteriores, de forma a que a questão do tráfico de influências existente na política portuguesa seja amplamente analisado no todo e não apenas na parte conveniente à instabilidade política da qual sentimos não se estar a medir as respectivas consequências para o país e os portugueses.
