CORTE DO TRÂNSITO E OBRAS NA LIGAÇÃO DE MANTEIGAS – PIORNOS – TORRE INFRAESTRUTURAS DE PORTUGAL, S.A.
Para: Exma. Senhora Presidente da Assembleia da República
Em 27 de maio, o troço da Estrada Regional 338, Manteigas - Piornos foi cortado por decisão das Estradas de Portugal, S.A., (agora designada por Infraestruturas de Portugal, S.A.), a fim de serem efetuados arranjos no referido troço.
A notícia veiculada pela Infraestruturas de Portugal, S.A., de que o arranjo e corte da estrada são uma solução vantajosa, dialogada e aceite pelas partes interessadas, Câmara Municipal e Empresa, não corresponde à verdade, porquanto foi uma solução imposta pela Empresa, aos legítimos representantes da população (eleitos locais), sem que fosse tentado um consenso.
Faltam à ER 338 condições de circulação numa plataforma de apenas 5 metros degradada e sem segurança viária, com paralelo, imaginamos, só no 3º Mundo e há um século atrás.
Em 2007 foi comunicado, pelo Secretário de Estado da Tutela, à Câmara Municipal que existia um projeto no qual estava traçada uma plataforma com uma largura de, pelo menos, 6 metros.
Em 2009, de viva voz, o Secretário de Estados das Obras Públicas comunicou à população, em Manteigas, a aprovação do referido projeto e que ia abrir o respetivo procedimento concursal.
Onde está o projeto, que fim teve o projeto? O que era possível, já não é agora! Porquê? A todas estas perguntas, nunca foi dada resposta.
A obra que está a ser efetuada consiste na colocação de um tapete e construção de uma valeta, sendo que devido à valeta a estrada ficará, ainda, mais estreita.
Este “remendo” custa cerca de 1 milhão de euros, que seriam melhor aproveitados no alargamento da plataforma, mesmo que efetuado por fases.
Irá ser gasto 1 milhão de euros numa ação que nas próximas décadas, em nada vai resolver o problema da estrada, antes contribuirá para a rápida falência do Município.
Reclamamos e exigimos, uma intervenção digna, capaz e útil, nesta estrada que tem uma envolvente paisagística e ambiental, única no País e que percorre a maravilha que é o VALE GLACIÁRIO DO ZÊZERE.
Achamos indispensável que haja intervenção na Estrada Regional 338, mas opomo-nos ao tipo de intervenção que se pretende operar.
É lamentável, a pouca ou nenhuma importância, que o Governo atribui ao poder autárquico, democraticamente eleito.
Mal vai a DEMOCRACIA, quando o número dos eleitores determina, por si, ao que parece, as prioridades.