Pela permanência do helicóptero do INEM em Macedo de Cavaleiros
Para: Ex.mo Senhor Presidente da República; Ex.ma Senhora Presidente da Assembleia da República; Ex.mo Senhor Primeiro Ministro; Ex.mo Senhor Ministro da Saúde; Ex.ma Senhora Presidente do INEM; Partidos com Representação Parlamentar
MORRER NO NORDESTE TRANSMONTANO POR FALTA DE ASSISTÊNCIA? NÃO! OBRIGADO!
O helicóptero do INEM é uma infra-estrutura demasiado importante para sair desta região. Porque demasiados centros de saúde foram encerrados durante a noite, como se os transmontanos só pudessem adoecer de dia… Porque os hospitais ficaram vazios de serviços e porque veio para compensar esses encerramentos, bem como para ultrapassar as distâncias enormes que existem dentro do distrito. "Em regiões de grande extensão, com poucas unidades de saúde e nos quais o socorro pré-hospitalar ´escasso ou pouco eficaz o helicóptero é sem dúvida o meio de eleição" (in Manual do Serviço de Helicópteros de Emergência Médica)
O helicóptero deve estar perto duma população idosa e isolada que sobrevive em localidades semidesérticas; Recordamos que o helicóptero leva ao local equipas médicas, equipamento médico (...) existe a possibilidade de aterrar em todos terrenos o mais perto possível das ocorrências, rapidez e disponibilidade (in Manual do Serviço de Helicópteros de Emergência Médica)
Quem ousará dizer a um idoso ou um jovem com um enfarte grave ou AVC que 10 min é igual a 45 min? Queremos o socorro em 10 min e não em 30 min. Se não é possível melhorar, também não queremos piorar. "É fundamental num "primeiro embate" levar o hospital ao doente e não o doente ao hospital". (in Manual do Serviço de Helicópteros de Emergência Médica)
Nós, nordestinos, nunca vamos perceber que ele vá para uma cidade com hospital com urgência polivalente.
Nunca vamos perdoar que, mais uma vez, sejamos nós os desprezados e abandonados.
Quem ousará responder pelas mortes devidas à ausência dum meio aéreo de socorro se o helicóptero for deslocalizado?
Quem dará a cara pela falta de socorro dos cidadãos?
Queremos acompanhar o resto do país, porque somos portugueses de primeira, porque os nossos impostos são pagos de igual forma.
Queremos uma terra onde se possa nascer com segurança, crescer com qualidade, viver com modernidade, envelhecer com conforto e morrer com dignidade. De onde não seja mais necessário partir para o litoral ou emigrar para o estrangeiro.
Para isso, devemos manter o que cá temos e reforçar as nossas estruturas e serviços. Não nos venham falar do défice e da dívida, já sofremos tudo. Já fomos sangrados por demasiado tempo.
Este é um serviço do qual não queremos nem podemos deixar sair da nossa região. A saúde não pode voar daqui para fora!