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Petição Suspensão definitiva da opção pela linha de grande velocidade (TGV)

Para: Povo Português

A decisão pela linha (binário) de grande velocidade (LGV/TGV) é um erro de lesa pátria dado que para permitir carga pesada na mesma linha os custos aumentam para mais do dobro dos da linha de grande velocidade pura, já de sí mais cara que a convencional.

Estava há muito tempo identificada, e bem, a necessidade de ligar Portugal à Europa, via Espanha e França, por via ferroviária, para transporte de mercadorias.
Mas havia o problema da diferença de bitola, sendo que a bitola standard, usada em França, era mais estreita (1435 mm) e por conseguinte, inferior à bitola nacional, ou ibérica (1668 mm).
A adoptação da bitola standard foi então, e bem, considerada um retrocesso o que terá determinado o adiar de todo este projecto para data indefinida.

Mas o anterior governo PS, erradamente, determinou que a rede de alta velocidade, em bitola standard, seria um progresso para o país pois assim alinhariamos pela então sintomaticamente chamada bitola europeia (na realidade chama-se bitola standard).

Foi avançado o argumento de que, com a mesma bitola o transporte de passageiros seria mais fluido. Contudo este argumento não faz grande sentido no que se refere à carga.

O governo PS centrou a importancia da linha europeia, no transporte de passageiros, secundarizando o de carga, o que é um erro absurdo.
Precisamente o contrário é válido: a carga é a prioridade e para ela a linha de grande velocidade é um contracenso.

Existe na LGV (linha de grande velocidade) uma restrição técnica que impôe um limite de 17 toneladas por eixo o que é incompatível com carga pesada.
Para tornar possível a utilização da linha por composições de carga pesada, a linha tem que ser seriamente reforçada o que acarreta custos proibitivos.

Outro problema é o facto de que a utilização da mesma linha por composições de carga (100 km/h) e por composições de passageiros (+250 km/h) se traduzir num problema de segurança e de rentabilização da via.
Quando uma composição de carga, lenta, ocupa a via, nenhuma composição de grande velocidade pode circular. E a composição de carga ocupa a via por muito mais tempo que uma de grande velocidade.

Acresce que o benefício operacional é quase nulo, dado que é possivel ter alta velocidade em linhas muito mais económicas, utilizando composições com suspensão pendular.

Sendo assim, proponho que: em vez de apostarmos numa linha de grande velocidade, adaptada à carga, o que resulta economicamente insustentavel, apostamos numa linha de carga ajustada à alta velocidade (comboios pendulares), que já seria sustentável.

No fundo trata-se de centrar a estratégia de ligação ferroviaria à Europa naquilo que é a prioridade, a carga, e não naquilo que é de menor relevância (e até economicamente discutível) que é o transporte de passageiros.

Devemos ainda considerar a utilização de bitola dupla: bitola nacional ou ibérica e standard na mesma via.
Adicionando a bitola ibérica à ligação a Espanha, abririamos essa ligação a todas as vias e todo o material cisculante existente.

A bitola ibérica é superior à standard, dado que permite maior velocidade em linha convencional e maior estabilidade no transporte de carga pesada.

Convém considerar que de qualquer forma, quer em carga, quem em passageiros, teria que haver em algum sítio uma transferência, a não ser que se possa considerar reconstruir toda a rede ferroviaria nacional em bitola standard!

Existem muitas tecnologias disponíveis para solucionar o problema da bitola:
- Eixos de bitola variável: as composições são equipadas com bogias de bitola variável, que numa questão de segundos passam de uma bitola para outra.
- Vias de bitola dupla, aquí abrimos a via à bitola standard, sem perder a capacidade de a mesma via poder ser utilizada por composições de bitola nacional.
- Sistemas automatizados de substituição de bogias: as composições param numa estação e um equipamento substitui automatica e rapidamente, as bogias.
- Transferencia de carga entre composições: duas composições de bitola diferente estacionam lado a lado e equipamento de carga transfere contentores duma para outra, no caso de passageiros é mais inconveniente dado que estes tem que desembarcar e reembarcar noutra composição.

Actualmente considera-se que a melhor solução é a de utilizar bitola dupla nos trajectos pertinentes, complementando com transferencia de carga.
Assim evitamos que haja transferencias no trasnporte de passageiros enquanto mantemos a capacidade de utilização da via por composições com outra bitola.

Assim proponho:
- Suspender definitivamente a opção de linha de grande velocidade.
- Em alternativa construir uma linha convencional de carga, em bitola dupla, adaptada a composições pendulares de alta velocidade, aproveitando o que já foi feito (projecto, estudos e obras) no ramal Poceirão-Caia
- Ligar o ramal Poceirão - Caia ao terminal portuario de Sines.
- Ligar o terminal do Poceirão à restante rede ferroviária, permitindo ligação a alta velocidade entre Lisboa e a Europa.






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Esta petição foi criada em 18 agosto 2011
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