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Petição A educação sexual na igualdade de género e a igualdade de género na educação sexual, já!

Para: Ministério da Educação


A educação sexual na igualdade de género e a igualdade de género na educação sexual, já!

Desde os tempos mais remotos até à atualidade, a sexualidade foi e é algo que muito diz à sociedade mas que a sociedade nada diz sobre ela, aliás é o verdadeiro tabu instalado. Não se entende, tem-se dúvidas, tem-se vontade de questionar mas há vergonha em afirmar e em perguntar.

Os ValArt, Grupo de Teatro Fórum do Vale da Amoreira, entenderam que algo estava errado: O número de gravidezes indesejadas é alto; existem muitas jovens grávidas; os jovens têm vergonha e sentem medo de abordar a temática da sexualidade; na maioria das relações ainda é o homem que predomina; as raparigas não têm noção de que são submissas; há violência no namoro; há muitos jovens contaminados com doenças sexualmente transmissíveis; jovens e adultos transmitem informações erradas e falaciosas e claro imensas dúvidas a circularem no consciente da sociedade.

Começamos a refletir e chegamos à conclusão que tudo isto pode partir do facto de haver muita informação dispersa e a forma como é transmitida não é clara nem esclarecedora. Torna-se assim difícil dizer “não”, em determinadas situações, porque simplesmente não se tem suporte de informação para o fazer.
Existe uma lei (Lei n.º 60/2009 de 6 de Agosto), que está de acordo com o que reivindicamos. Porquê que não está a ser implementada na esmagadora maioria das escolas? Porquê que os alunos que necessitam dessas ferramentas, não desfrutam da mesma? Qual o motivo que leva-nos a ter de procurar informação de modo “sorrateiro”? Informação que deveria ser disponibilizada sempre!

Pelos motivos supra apontados, é seguro dizer que para nós jovens, homens e mulheres, é pertinente e imprescindível haver educação sexual pública de modo claro, explícito e sem tabus, gratuita nas comunidades, escolas e associações. Pois, de nada adianta haver informação, quando está completamente codificada, ou seja, os jovens não a conseguem interpretar e os adultos têm medo de a explicar.

A prevenção passa primeiro pela educação. Consideramos importante falar sobre a contraceção, doenças sexualmente transmissíveis, masturbação, orientação sexual, posições sexuais, ato sexual e muitos outros temas que a sexualidade engloba.

Contudo, só a componente técnica não basta é preciso poder abordar conteúdos relacionados com sentimentos, pois usar o preservativo para evitar doenças sexualmente transmissíveis, é universal. Já o facto de ter-se vergonha; sentir-se medo; sentir-se insegura/o; lidar com o facto de não ser aceite; entre outras angústias e dúvidas que perseguem a nossa juventude, é outra especificidade. Precisamos de incluir tais pontos na nossa educação sexual.

Queremos deixar de viver numa sociedade retrograda! Queremos deixar de viver numa sociedade patriarcal! Queremos que as mulheres possam ser elas mesmas, sem serem criticadas com argumentos do tipo: “Pareces um homem a fazer isso...”, “Isso são coisas de homem…”, “Não estás a dar-te ao respeito, assim nenhum homem te vai querer...” Queremos mais informações! Queremos poder deixar de dizer: “Ai se eu soubesse…”, “ Olha sabias que a minha colega de turma, de 15 anos está grávida?”, “ chegas lá e deixas que ele faça tudo…”, entre outras citações de arrependimento, ansiedade, angústia e espanto. Mesmo sendo as mulheres quem mais sofre esta pressão da sociedade, também é legitimo deixar de surgir afirmações de incentivo ao machismo: “´És mesmo um garanhão”, “Ai de ti que não consigas aquela rapariga”, “Os homens não choram”.

É por isso que nos dirigimos a quem de direito reivindicando medidas adequadas para a real implementação da Educação Sexual.

Queremos educação sexual acompanhada de educação em igualdade de género disponível para todos e não tendencialmente disponível para todos!


“A sexualidade é algo que está connosco desde o nascimento até à morte. É algo que vamos conhecendo ao longo da vida, adaptando com ou sem parceiro/a. É sermos sensuais e ao mesmo tempo sexuais” (ValArt, 2011).




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Esta petição foi criada em 26 julho 2012
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