Petição Não ao Corte na Saúde Pública e Saúde Sexual e Reprodutiva
Para: Presidente da República; Primeiro-Ministro
As pílulas e as vacinas contra o vírus do papiloma humano (que previne o cancro do colo do útero), da hepatite B e também contra o hemophilus tipo B (uma bactéria que provoca meningite e pneumonia) e que integram o Programa Nacional de Vacinação deixam de ser comparticipadas pelo Estado. A sua distribuição gratuita é ‘assegurada’ nos centros de saúde.
Sabendo que, segundo um levantamento realizado pelas Administrações Regionais de Saúde (ARS), existem neste momento um milhão e 732 mil portugueses sem médico de família (sendo 61% ou um milhão de pessoas só na região de Lisboa), a assistência médica e a garantia ao acesso às pílulas e às vacinas referidas está condicionado ou mesmo impossibilitado.
Sabendo que não estando o acesso às pilulas anticoncepcionais facilitado possibilitará o aumento da gravidez não planeada e não desejada e ao consequente aumento de interrupções de gravidez com as repercussões a nível emocional e psicológico na mulher assim como no aumento da despesa pública.
A redução de acessos a vacinas terá repercussões a nível da saúde pública com o aumento de infeções e o consequente gasto em despesa em tratamento, subsídios de doença,...
A despesa pública não deve ser cortada de forma cega e á custa da saúde das suas cidadãs, cidadãos e sobretudo do fundamento da saúde pública de equidade e universalidade.
Nós, as cidadãs e cidadãos abaixo identificados, dizemos não ao retrocesso nas políticas de saúde pública e saúde sexual e reprodutiva!
Portugal, 9 de Setembro de 2011
