Representação de grupos profissionais de apoio à pandemia, "Covid-19", população, economia e empresas.
Para: Excelentíssimas(os) Senhoras(es) Representantes de Estado, Assembleia da República e Secretários de Estado,
O surgimento de crises sem precedentes, como a pandemia e o vírus Covid-19, implica que as sociedades repensem o modo como se devem organizar neste contexto e no futuro.
O actual estado de saúde pública, e de ruptura financeira e económica das empresas, agentes, famílias e trabalhadores, implica o apelo à criação de grupos profissionais e técnicos especializados nas mais diversas áreas e disciplinas, para o combate a esta nova realidade.
Embora esse assunto diga respeito aos Estados nacionais, isto é, aos governos de cada país, interessa que estes diversos agentes profissionais se articulem com o(s) governo(s) e as organizações, no sentido de procurarem respostas e revitalizarem a economia do país e de todos os seus agentes activos, a curto e a longo prazo.
Na última década, apesar do esforço e empenho da sociedade, juntamente com o Estado e governos, em rectificar a dívida pública e contribuir significativamente para a economia interna, as pequenas e médias empresas, serviços e comércio, continuam a ser economicamente vulneráveis, sem poupanças, estratégias ou incentivos, devido à falta de capacidade financeira, mecanismos, meios e mão-de-obra qualificada.
Como profissionais de arquitectura, sentimos a responsabilidade e a importância de defender e proteger as empresas, os sectores públicos e privados, a população, recriar e reorganizar os espaços e os recursos de todos os sectores da sociedade, assim como as relações humanas, garantindo a boa gestão, o bom funcionamento e a riqueza dos serviços.
O apoio e suporte deste grupo de equipas especializadas, a nível nacional, proporcionaria a oferta de serviços gratuitos e de incentivos às empresas e à população, como prioridade económica e social de desenvolvimento e com o objectivo de reduzir o tempo de resposta das empresas nos mercados e a sua qualidade de trabalho.
Por sua vez, o Estado, com estas estratégias, beneficiaria com o aumento de volume de trabalho e de negócios, com a entrada de capitais e receitas nos seus serviços gestores, públicos, autárquicos e privados, gerando uma economia sustentável e bem estruturada, aliada a novos métodos de gestão e investigação, de riqueza interna e externa, com reflexos directos nos sectores agrícola e florestal, empresarial e industrial, institucional, público e fortes repercussões a nível nacional, do ensino, ciência e tecnologia.
A este tipo de raciocínio, seria imperativo estabelecer o apoio e a divulgação dos novos métodos e mecanismos presentes nos mercados internacionais, de novas técnicas de gestão, de prospecção de produção, comercialização e expansão de negócios, serviços e recursos humanos, comportamentos de trabalho e métodos de investigação como, por exemplo:
-a reformulação do espaço em que habitamos e trabalhamos, garantindo, deste modo, a produção sustentável de todos os sectores económicos, o seu normal funcionamento e uma resposta de crescimento financeira interna bruta;
-o incentivo e divulgação de novas estratégias de trabalho às populações, aos trabalhadores, empresários e comerciais singulares ou coletivos, para uniformização e valorização dos seus agentes, trabalhadores e da economia;
-o apoio e implementação de prospecção e comercialização de produtos de primeiros bens e primeira necessidade a nível local e de proximidade, para a continuação ou a iniciação de negócios;
-a informação e planificação do uso dos espaços - novas zonas de trabalho e de estar, áreas distintas de corredores e articulações das infraestruturas de entradas e saídas de produtos, transportes, mercadorias, matérias-primas, recursos humanos e afins, de prevenção à propagação;
-a incrementação e o desenvolvimento de um sistema de distribuição sólido e sustentável, de incentivo à racionalização das trocas comerciais e financeiras internas, com o reforço e planeamento das frotas em parceria com as empresas de distribuição, os produtores e outras entidades e agentes;
-a salvaguarda de novas técnicas de mercado, de ajustamento ao comércio local e subsequente à promoção da economia local e de negócio das empresas locais e nacionais;
-a transmissão de informação de novos comportamentos de trabalho e éticas de segurança em caso de pandemias, com as devidas excepções e requisitos de cada actividade ou serviço;
-a gestão sustentável dos recursos humanos e das horas de trabalho, de todos os serviços e sectores públicos e privados por exemplo, na repartição das horas semanais em formações presenciais ou em formato e-learning, equilibrando a carga salarial das empresas com o Estado.
Apoiando estas e outras iniciativas, as empresas comerciais, singulares ou colectivas e famílias iriam canalizar uma grande percentagem do seu capital nos recursos humanos, produção e comércio local e nacional, de ajustamento e aumento da prestação de serviços qualificado e de satisfação, obrigando todo o mercado a acompanhar as novas necessidades e consequentemente a procura e oferta de serviço técnico e especializado das mais diversas áreas e sectores, advindo mão-de-obra profissional e leal daqueles que contribuem para o país, sem que fosse necessário recorrer a cortes salariais, despedimento ou endividamento.
Verifica-se, assim com estes exemplos apresentados, independentemente do sector económico e social, uma única direcção e o mesmo resultado, o incentivo, por parte da representação desses grupos tutelados pelo Estado, à auto-sustentabilidade, ao investimento de produção local, empreendedorismo e emprego qualificado, assim como o bem-estar e conforto económico das comunidades, população, trabalhadores, empresas, famílias e nação, com benefícios directos na redução da despesa e aumento de capitais do Estado e das empresas.
Nesse sentido, acreditamos que trabalhando em equipas nacionais e regionais de apoio à sociedade, juntamente com as forças políticas, organismos, governo e Estado, conseguiremos desenvolver e reanimar todos os sectores, incentivar a produção e o labor locais dos agentes, incrementar novos mecanismos de trabalho nas empresas, orientações de mercado, divulgação, marketing, gestão, planeamento e reformulação do espaço em que habitamos e trabalhamos, garantindo, deste modo, a produção sustentável de todos os sectores económicos, o seu normal funcionamento e uma resposta de crescimento financeiro interno bruto.
Coimbra, 20 de Abril de 2020
Arquitecto Tiago Filipe Ribeiro de Oliveira e Silva
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