Bancos de cortiça no Metro de Lisboa - Suspensão imediata da decisão
Para: Metropolitano de Lisboa, E.P.E.; Câmara Municipal de Lisboa, Assembleia da República
Pela suspensão imediata da substituição dos bancos do Metropolitano de Lisboa por "compósito de cortiça".
A recente notícia a propósito da substituição de todos os assentos do Metropolitano de Lisboa por uma nova tipologia de bancos, estes desenhados com uma muita desconfortável cobertura de "compósito de cortiça", em vez do habitual estofo, é uma ofensa aos utilizadores regulares do Metropolitano de Lisboa, especialmente a pessoas que mais frequentemente se têm de sentar, nomeadamente idosos, pessoas com mobilidade reduzida, grávidas, crianças e pessoas com problemas osteoarticulares da coluna vertebral. Trata-se de uma iniciativa que vai custa 1,8 Milhões de Euros.
Os novos assentos são um falhanço que tem vindo a ser experimentado desde 2013. Não menosprezando a mais valia da cortiça como matéria-prima nacional, do ponto de vista do design de equipamentos, importa salientar os seguintes motivos:
1) A cortiça, ou o produto seu derivado, não tem as propriedades elásticas, nem de maleabilidade e de conforto do estofo actualmente em vigor, pelo que movimentos de aceleração (ao sair de uma estação) e desaceleração (ao chegar a uma estação) das carruagens se tornam um incómodo injustificado para quem vai sentado.
2) Os novos bancos não incluem qualquer sistema de amortecimento pelo que a experiência de quem viaja diária ou ocasionalmente sentado no Metropolitano de Lisboa sai muitíssimo prejudicada sem que se entenda razão atendível.
3) O revestimento que recobre o compósito de cortiça, já em uso nos bancos experimentais, para quem viaja sentado, provoca o escorregar dos passageiros, sem que haja uma boa adesão ao assento.
4) A cortiça e o revestimento que nele colocaram, nomeadamente o verniz, tornam a condução térmica dos bancos muito mais elevada do que a atual, motivo pelo qual quem neles se senta rapidamente sente o desconforto do frio.
5) Não foram apresentados pelo Metropolitano de Lisboa quaisquer fundamentos razoáveis para esta clara degradação do nível de serviço do Metropolitano de Lisboa.
6) Esta decisão parece ter sido tomada entre gabinetes de administração que só raramente utilizam o Metropolitano de Lisboa nas suas deslocações regulares. Sugere-se a estes funcionários que troquem também os estofos dos bancos dos carros de serviço que utilizam para "compósito de cortiça", para experimentarem as maravilhas do conforto deste material, que querem agora impor a todos os utilizadores do Metropolitano de Lisboa.
7) Esta decisão da administração da Metropolitano de Lisboa E.P.E contribui para que o Metropolitano de Lisboa perca qualidade e conforto na comparação direta com empresas de transporte individual como as empresas TVDE (Uber, Bolt, etc.).
8) Pede-se à comissão de utentes dos Transportes de Lisboa que divulgue esta petição em campanhas, para que possa ter tanto alcance quanto possível. O Metropolitano de Lisboa não pode tomar decisões desta natureza contra a vontade da maioria dos seus utilizadores.
Agradece-se a leitura, assinatura e divulgação desta petição.
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