Contra a Aquacultura no Arco da Calheta e na Madeira

* Pelo Impacto Ambiental
* Pelo Impacto Sócio-Económico
* Pelo Impacto na Saúde e Bem-Estar de Animais e Humanos
* Pelo Impacto Visual: pois compromete a paisagem e beleza estética da costa


A freguesia do Arco da Calheta apresenta óptimas condições paisagísticas e climatéricas, assim, constitui-se como uma das localidades mais povoadas do concelho da Calheta o que atraiu também muitos estrangeiros a se fixarem nesta região, principalmente dos país nórdicos, tranquila e bem preservada ambientalmente. Uma das principais atividades económicas do Arco da Calheta é o Turismo da Natureza, sua orografia em arco, tem uma exposição solar privilegiada, e uma belissima vista mar, elemento marcante da paisagem.

Por razões económicas, instalou-se um equipamento de aquacultura, constituído por jaulas de piscicultura flutuante, ao largo da costa, em frente ao vale do Arco da Calheta. Este equipamento é visualmente agressivo, e é um elemento perturbador pela emissão sonora proveniente dos equipamentos de manutenção diária das jaulas.

O mais preocupante é o facto da aquacultura gerar um grande desequilíbrio no eco-sistema marítimo natural da nossa costa, contamina a vida selvagem com produtos químicos como hormonas, antibióticos e rações processadas, tudo em contacto directo com o mar e a vida selvagem marítima obviamente sem qualquer filtragem ou barreira.

Nos Países nórdicos a aquacultura teve inicio há cerca de 15 anos, e desde cedo foi rigorosamente monitorizada e submetida a analises, com o passar do tempo as consequências ambientais desta arterialização da criação de peixe em ambiente natural com a aplicação de produtos químicos utilizados continuadamente, e em elevadíssimas quantidades, tornaram-se evidentes afetando a mais preciosa fonte de alimentação marítima: as algas do Mar Báltico tornaram-se tóxicas aos seres marítimos que delas se alimentavam, e para além disso foram registadas reações cutâneas e doenças de pele em nadadores como consequência do desequilíbrio do eco-sistema.

A atividade piscatória tradicional na nossa ilha tem um valor patrimonial, o nosso mar é rico em peixes de variadas espécies e de elevada qualidade para o consumo humano. A ilha da Madeira dispõe de uma zona ecónomica exclusiva de 442 248 km2 marítimos, facto que por si só justifica que hajam incentivos à pesca selvagem. Enquanto que a aquacultura em termos económicos não trás beneficio significativo para a nossa região, tem uma diminuta criação de postos de trabalho proporcionalmente à elevada escala de produção de peixe que este meio de pesca artificial produz.

Agradecemos desde já a todos que se juntam por esta causa que afecta todos nós.


PETITION

AGAINST AQUACULTURE NETS

The parish of Arco da Calheta is known and chosen for its lovely landscape and good climatic conditions. For this reason, it is one of the most populated localities of the Council area of Calheta and many visitors have chosen to settle in this area and make it their home. Due to its orography, in the shape of an arch, it has a privileged exposure, with ample views over the sea, a remarkable element of the landscape.

For economic reasons, aquaculture equipment was installed off the coast, in front of Arco da Calheta, consisting of ten floating fish farm nets. This equipment has a disagreeably disturbing impact on the seascape and raises questions regarding one of the main economic activities of the parish, namely: tourism. However, to value the existence of the fish farms merely for economic reasons, we believe is not sufficient reason for their establishment in the area, since as an industrial activity, of limited employment, it is denying numerous fishermen throughout the coastal villages of the island, their traditional work activity.

The equipment not only disturbs swimmers, but also has a negative impact on the seascape. We are equally worried about the consequential environmental impact of the imbalance caused in the marine ecosystem.

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