Beja exige mais! Porque a Saúde é um direito!
Para: Exmo. Senhor Presidente da Assembleia da República
Há cerca de uma década que o desinvestimento na saúde pública em Portugal tem vindo a aumentar e a provocar graves problemas no SNS e na prestação dos mais diversos cuidados de saúde aos utentes. No caso particular do Hospital José Joaquim Fernandes em Beja, o adiamento da execução da 2ª fase das obras remonta à década de 70 do século passado, poucos anos depois da inauguração desta unidade hospitalar e logo que se detetaram lacunas no projeto inicial.
Hoje em dia, e passados mais de 40 anos, o hospital depara-se com graves problemas a vários níveis e que exigem uma rápida e determinada resposta.
Assim, os membros da Comissão de Utentes de Beja e os abaixo assinados, vêm por este meio solicitar a V. Exª a melhor atenção para este grave problema numa região já por si tão deprimida e ostracizada ao longo de anos pelos sucessivos governos centrais.
Por isso, exigimos:
- o cumprimento do que está inscrito no artº 213º, Lei 71/2018, Orçamento Estado para 2019 e se dê "… início dos procedimentos com vista....à ampliação do Hospital José Joaquim Fernandes em Beja".
- a aplicação e investimento justo e necessário imediato por parte do Estado para a 2ª fase (ampliação e remodelação) permitindo este investimento dotar o Hospital José Joaquim Fernandes de um novo bloco operatório, outro de consultas externas e um novo módulo de urgências.
- melhoria das instalações atuais, aquisição de equipamentos de diagnóstico (ressonância magnética e outros). Construção de heliporto, manutenção, melhoria e ampliação de valências médicas.
- contratação imediata de médicos, sobretudo para as especialidades onde estão em falta, assim como outros profissionais de saúde.
Estas são, certamente, melhorias que ajudarão a atrair e fixar profissionais de saúde na nossa região e a prestar cuidados de saúde de qualidade à nossa população tão carenciada e cada vez mais envelhecida, garantindo e defendendo o acesso ao Serviço Nacional de Saúde Público, Gratuito e de Qualidade para todos, tal como está prevista na Constituição da República Portuguesa.