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Braga - Um Hospital de Competência e Humanidade - Manter a PPP

Para: Ex.mº Sr. Primeiro Ministro; Ex.ª Sr.ª Ministra da Saúde

1. Não "cheira" a hospital...

Pode chegar-se à porta principal do Hospital de Braga, caminhando por uma alameda pedonal levemente inclinada que tem, plantados do lado direito, seis belíssimos exemplares de oliveiras da paz que saúdam em silêncio respeitoso os visitantes ou os doentes menos graves que escolhem este acesso.
Também a ladear esta alameda, há pendões que se "dirigem" a quem entra e a quem sai, com uma frase de grande expressividade e que é, só por si, reveladora da missão, dos valores e da visão que o Hospital de Braga tem para todos aqueles que têm necessidade de recorrer aos seus serviços. A frase diz o seguinte: "Obrigado por nos ajudar a salvar vidas". Podia dizer um disparate qualquer igual a muitos outros que vemos por aí espalhados em qualquer canto,mas não. A frase - que não está ali para ser "bonita" e agradável de ler - encerra, nas suas poucas palavras, UMA NOVA FILOSOFIA E UMA NOVA FORMA DE ESTAR NA VIDA HOSPITALAR, como iremos ver a seguir.

Quando entrei pela primeira vez no Hospital de Braga - e esta primeira vez foi em "dose" dupla porque foi também a primeira vez que entrei num hospital com "estatuto" de doente - apercebi-me de imediato que alguma coisa de diferente devia acontecer por ali. Não "cheirava" a hospital e, no enorme "hall" do rés - do - chão, havia muita gente que passava com tranquilidade e sem atropelos, uns, doentes, a caminho das "consultas externas" e dos vários serviços, outros, pelas vestes que usavam, colaboradores do hospital. Este é um "hall" que mais parece o "hall" de um hotel do que um "hall" de um hospital, até pela imagem que temos dos hospitais. É um "hall" que tem multibanco, que tem papelaria, que tem um café aberto a todos e um restaurante onde também todos podem almoçar, lanchar ou jantar. Neste "hall" realizam-se exposições e, às vezes, há música instrumental que é possível ver e ouvir numa mistura didáctica com mensagens em cartazes coloridos que forçosamente nos fazem pensar no que também podemos fazer e que nos levam a agir e a não ficar indiferentes a muitos problemas. É um "hall" onde nos sentimos bem.

2. Avida em primeiro lugar

O meu primeiro contacto com as pessoas do atendimento foi fabuloso. Sempre com um sorriso, sempre prestáveis e eficientes, fizeram sempre aquilo que tinha que ser feito, trazendo para dentro do hospital o conceito de casa. O que aconteceu neste primeiro contacto, repetiu-se com a mesma eficiência, qualidade e delicadeza em todos os serviços - e foram muitos - os que tive que contactar, do rés - do - chão ao piso número cinco. Compreensão, eficiência, eficácia, vontade de resolver problemas e procura de soluções foram sempre a "chave" deste relacionamento.
Nas recolhas de sangue para análises clínicas, nos serviços de imagiologia (ressonâncias magnéticas e afins), nos serviços de exames aos pulmões e coração, repetiram-se os momentos de simpatia, afabilidade e conforto, tudo somado com uma grande atenção e um grande profissionalismo. Tudo caminha no sentido da frase dos "pendões", de "salvar vidas" e não agravar problemas.
Não sei se o método é comum a outros hospitais, mas no Hospital de Braga, os doentes em consulta, para além da marcação em papel, são alertados por mensagens de telemóvel sobre o ato médico que terá lugar no dia "x", às "tantas horas". São pequenas mensagens do género: lembramos que tem consulta no dia 15 de janeiro, às 10 horas. Se não puder, avise-nos por favor. E prepare-se: na maior parte das situações, salvo algum imponderável, 10 horas são 10 horas e até pode acontecer ser chamado uns minutos mais cedo. O cumprimento dos horários pré - estabelecidos é uma nota digna de realce. Todos sabemos o que acontece em muitas unidades de saúde...
No Hospital de Braga, contactei com muitas médicas e médicos e muitas enfermeiras e enfermeiros. Da dermatologia à oncologia e à cirurgia plástica, todas e todos foram absolutamente dedicados e profissionais. Compreendem que os doentes são pessoas fragilizadas e inquietas e agem no sentido de diminuir e se possível eliminar essa fragilidade e essa inquietação, sempre com um alto sentido de profissionalismo.
Muitos são médicos ainda jovens, mas de uma competência e de uma dedicação ao doente difíceis de encontrar noutro lugar.
Este texto não é "lamechas". Trata-se apenas de fazer justiça a uma instituição que tem deixado "marcas" muito positivas em muitos milhares de pessoas e também de homenagear todos aqueles que conseguem fazer do Hospital de Braga uma casa onde a vida está em primeiro lugar.

3. Manter a parceria

Por tudo isto, também é necessário pensar seriamente no valor acrescentado que algumas parcerias público - privadas trazem às pessoas e às comunidades locais. A gestão do Hospital de Braga é resultado de uma parceria entre uma empresa privada e o Governo. É uma PPP (parceria público - privada).
Se algumas parcerias público - privadas são uma completa inutilidade, não resultando daí qualquer vantagem para as pessoas, resultando sim muitos prejuízos para o Estado, há outras - O HOSPITAL DE BRAGA É DISSO UM EXCELENTE EXEMPLO - que estão na origem da prestação de serviços de excelência, dando provas de que a sua manutenção nem sequer devia ser equacionada. Quando se fala em rever o estatuto do Hospital de Braga, fazendo-o eventualmente regressar à esfera exclusivamente pública, estou em crer, a acontecer isso que se COMETERIA UM ERRO GRAVÍSSIMO.
Um dos "segredos" do Hospital de Braga é este: as pessoas fragilizadas - OS DOENTES QUE ALI ENTRAM - têm sorrisos, têm compreensão e têm a competência de quem cuida delas. Não ouvem "roncos"!... A focalização no utente e a satisfação do utente são as credenciais que fazem do Hospital de Braga O MELHOR HOSPITAL DE PORTUGAL.

POR TUDO ISTO
E POR MUITO MAIS QUE PODIA SER DITO
VAMOS LUTAR
PELA MANUTENÇÃO DA PARCERIA PÚBLIO - PRIVADA NO HOSPITAL DE BRAGA,
DANDO A ESTA PETIÇÃO O APOIO QUE ELA JUSTIFICA.

Mário C. Martins
Vila Nova de Famalicão, 18.12.18.



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Esta petição foi criada em 18 dezembro 2018
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