Educação mental no currículo das escolas
Para: Exmo. Sr. Presidente da Assembleia da República
A educação da saúde mental ainda não faz parte do currículo das escolas em Portugal, apesar dos altos índices de perturbações mentais e comportamentos entre crianças e adolescentes. Existe um intervalo de tempo muito grande entre o aparecimento dos primeiros sintomas e o início de tratamento.
Um em cada 5 portugueses sofre de uma perturbação psiquiátrica e temos uma das maiores taxas de consumo de psicofármacos da União Europeia.
Colocar a saúde mental no currículo das escolas, pode ajudar as crianças e adolescentes a serem mais compreensivos para com os doentes e também a diagnosticar possíveis distúrbios neles próprios bem como nos que os rodeiam. A diminuição do estigma social das doenças psiquiátricas encoraja a discussão aberta e honesta entre os jovens e promove a procura de ajuda.
Educar é prevenir, ajudar e “desestigmatizar” as perturbações psiquiátricas que mantêm um peso significativo no total de anos de vida saudável perdidos (20,55%) pelos portugueses e que é hoje a causa de maior incapacidade para o trabalho...
Exemplos: depressão, hiperactividade, consumo substâncias psicoactivas, anorexia, bulimia, suicídio, autismo, bipolaridade, esquizofrenia, perturbação obsessivo-compulsiva.
Susana Pinto