Homenagem a João Benedito

Caro Dr. Bruno de Carvalho,

Caro Dr. Miguel Albuquerque,

foi com tremenda desilusão que recebemos no passado dia 01 de Julho - que queremos todos os anos como uma data de alegria e festa entre os sportinguistas - a notícia de que o nosso eterno capitão de futsal, João Benedito, terminou a carreira de jogador profissional e deixará de vestir a camisola do Sporting Clube de Portugal - pelo menos na quadra de jogo.

Falo no plural porque sei que o que me invade não é limitado à minha pessoa. Compreendemos que tudo tem um fim e a carreira do João Benedito um dia teria que terminar. Mas o João Benedito não é apenas o guarda-redes de futsal do Sporting; não é apenas o nosso eterno capitão; não é apenas alguém que por conta própria andou a fazer publicidade para a Missão Pavilhão; não é apenas alguém que olha para o público com as lágrimas nos olhos e diz "isto é o Sporting"; não é apenas alguém que quando termina a carreira diz "sinto que fiz um bom trabalho mas sei que sou devedor em relação ao clube. Se não fosse o Sporting ninguém me conheceria" (poucas vezes temos a possibilidade de ver esta humildade nos dias de hoje): o João Benedito é tudo isto e muito mais. É um símbolo vivo. E, como tal, merece ser tratado como os mais especiais são tratados dentro da nossa casa. Ainda vamos a tempo.

O João Benedito tem 22 anos de Sporting Clube de Portugal (de 1994 a 2016, com apenas uma época de interrupção). Nos últimos (longos) anos andou com a casa às costas, sempre com o mesmo orgulho no símbolo que carregava ao peito que só atinge os filhos pródigos. Desde que foi lançada a Missão Pavilhão, o João Benedito decidiu que tinha de fazer algo mais pelo Sporting (sempre assim foi, não é verdade?) e comprou 12 packs da Missão Pavilhão oferecendo as camisolas a sportinguistas míticos, como o também nosso Cristiano Ronaldo, criando com isso não só um valor acrescentado directo através do investimento pessoal feito, como também gerou, através da sua imagem pública - e da imagem pública dos visados -, maior publicidade à Missão Pavilhão incentivando outros sportinguistas a seguir-lhe o exemplo. A mim, por exemplo.

Neste sentido, inaugurar o Pavilhão João Rocha sem ver o João Benedito em campo é, para nós, começar as coisas da forma errada. Faltará algo maior se o João Benedito não entrar em campo naquele dia que tanto ansiamos. Modalidades é sinónimo de João Benedito nas últimas duas décadas no Sporting. O João Benedito tem de ser o primeiro a entrar naquele pavilhão, tendo uma despedida digna do que ele foi para o Sporting, com a sua gente a aplaudi-lo. Assim sendo, esta petição serve para que sejam proporcionadas as seguintes iniciativas:

1) - Um jogo de despedida ao João Benedito (em jogo amigável), a acontecer na inauguração do novo pavilhão, devendo o mesmo capitanear uma última vez a equipa de futsal;

2) - Nomear uma das balizas do Pavilhão João Rocha de "Baliza João Benedito" para que o nosso capitão fique eternizado no nosso pavilhão.

Os símbolos vivos não são saudados após a morte. São homenageados em vida.
O João Benedito merece isto.

Saudações Leoninas,

Ricardo Rodrigues,
sócio nº 135193-0.

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