Ensino e aprendizagem da língua francesa - urge a atualização dos programas do ensino básico!

A língua francesa, outrora tão prestigiada no nosso país, não tem que ficar ameaçada de extinção por inércia dos nossos governantes.
O estado atual do ensino da língua francesa não é residual, como o podem pretender algumas pessoas! Em boa verdade, nunca o francês foi tão procurado e tão necessário, se pensarmos nas relações empresariais e laborais que mantemos com os países francófonos vizinhos. Estudar francês passou a ser um fator distintivo para aqueles que apostam na diferenciação.
As vantagens da aprendizagem de uma língua estrangeira, como é sabido, não ficam confinadas a um CV mais preenchido. Aprender a descobrir o outro, a partilhar e a comunicar com o outro integram a lista dos inúmeros benefícios de uma aposta de vertente humanista do ensino, infelizmente descurada nos últimos tempos.
Para que a língua francesa possa ser tratada com o apreço que lhe é devido e para que seja ensinada nas melhores condições nas escolas portuguesas, impõe-se que o ministério de educação proceda urgentemente à atualização dos programas oficiais do ensino básico.
Relembra-se que os programas, atualmente em vigor, têm quase vinte anos de existência e foram homologados antes da publicação do Quadro Europeu Comum de Referência para as Linguas, publicado em 2001 pelo Conselho da Europa. Estamos, portanto, vinte anos atrasados relativamente ao ensino que deve ser ministrado pelo facto de os programas não contemplarem as principais diretivas enunciadas neste documento.
Pelas razões apresentadas, apela-se à atualização dos referidos programas a fim de adaptarmos o ensino-aprendizagem, em Portugal, ao novo perfil de alunos e às novas exigências impostas e decorrentes da evolução dos tempos.

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