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Jardim João Ribas

Para: Exma. Sra. Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, Arq. Helena Roseta e Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Dr. António Costa

João Ribas (Lisboa, 6 de Maio de 1965 — 23 de Março de 2014) foi um cantor português que se tornou um icone no punk rock de Lisboa e português.

A história de João Ribas recua ao intenso período do boom do rock português do início dos anos 80 quando, com João Pedro Almendra, criou os míticos Ku de Judas, colocando a Freguesia de Alvalade como o terceiro vértice de um triângulo punk na zona da Grande Lisboa que passava também pelos Olivais e pela Margem Sul do Tejo.

A vida de João Ribas confunde-se com a própria história do punk em Portugal, estando presente em 3 das 4 vagas do estilo até hoje. Pertenceu à segunda geração de bandas punk portuguesas com os Ku de Judas, ao lado dos Mata-Ratos, Crise Total e Grito Final. Nos Censurados, e ao lado dos Peste & Sida e Lulu Blind, fez parte da terceira geração. Com os Tara Perdida, foi parte integral da quarta geração, juntamente com os K2O3, Fonzie, Easyway, Gazua, PunkSinatra e Dalai Lume.

Participou em vários projectos paralelos como por exemplo os Kamones e mais recentemente os Osso Ruído.

Ku de Judas:

Inspirados pelo primeiro disco dos Xutos & Pontapés (78/82), Fernando Serpa, João Pedro Almendra e Bago d’Uva decidem formar uma banda que só ficaria completa com a chegada de João Ribas na guitarra.

Devido ao facto de o Bago d’Uva ter de ir a casa de uma tia em Marteleira, os outros questionaram-se onde seria a referida casa, ao que alguém respondeu: “Fica no ku de judas”. E assim ficou decidido o nome da banda.

Uma vez que eram todos naturais de Alvalade, começaram por tocar na Escola Secundária Padre António Vieira, por ser a que os membros da banda frequentavam. Mais tarde, mudar-se-iam para a sala de ensaios de Lisboa, a Senófila.

Em 1986, após a saída de João Pedro Almendra para os Peste & Sida, João Ribas assume as vozes do grupo.

Censurados:

Regressado de uma viagem à Alemanha, no verão de 1988, e depois de alguma instabilidade nos Ku de Judas, João Ribas decide formar um novo projecto com João Pedro Almendra, que entretanto tinha saído dos Peste & Sida.

João Pedro Almendra abandona o projecto e João Ribas chega até Samuel Palitos, juntando-se a eles mais tarde Fred Valsassina e Orlando Cohen.

Nascem assim os Censurados, numa era de governação de Cavaco Silva, com letras simples, directas de intervenção e em português.

A 2 de Setembro de 1989 os Censurados dão o primeiro concerto, e a partir daí rapidamente surgem fãs por todo lado onde toquem.

O primeiro registo surge em 1990 na colectânea Feedback 001, em vinil, com os temas Srs. Políticos e Não Vales Nada.

Mais tarde nesse ano sai o primeiro álbum, Censurados, e rapidamente se torna objecto de culto, sendo inclusive aclamado pela mais importante fanzine americana de Punk/HC, Maximum Rock n’ Roll.

Em 1991 lançam o segundo álbum, Confusão, e passam os dois anos seguintes na estrada.

Em 1993 editam o terceiro e último álbum, Sopa, e terminam oficialmente a 26 de Outubro, depois de gravar uma versão do tema "O Que Faz Falta de Zeca Afonso" para a compilação Filhos da Madrugada, editada em 1994.

Os Censurados haviam de regressar em 1999, exclusivamente para a comemoração do 20º aniversário dos Xutos & Pontapés, gravando o tema Enquanto a Noite Cai para a colectânea XX Anos XX Bandas. Em Maio deram um concerto na Queima da Fitas de Coimbra, de onde havia de sair a última edição da banda, Censurados ao Vivo. Os Censurados apareceram pela última vez a 7 de Agosto de 1999 no Festival Sudoeste, para uns breves 15 minutos de concerto, para gáudio de todos os fãs presentes.

Tara Perdida:

Depois do fim dos Censurados, João Ribas e Cró juntam-se a Ruka e Orélio e formam os Tara Perdida.

Começam a ensaiar a 10 de Junho de 1995, conseguindo dar o primeiro concerto a 17 de Novembro desse ano no Grupo Dramático Ramiro José.

Em Fevereiro de 1996 assinam pela editora independente Música Alternativa, e começam a gravar em Abril. Enquanto dão os últimos retoques no disco, aproveitam o verão para alguns concertos, com destaque para os concertos no palco Blitz do Festival Vilar de Mouros e a 3 de Agosto no Festival Super Rock, em Faro onde abriram para Ratos de Porão e The Exploited. Em Novembro, sai o álbum Tara Perdida donde saíram temas como Feia, Até m'embebedar e Batata-Frita.

Em 1997 a banda sai em digressão, tendo mesmo tido a oportunidade de abrir para bandas tão emblemáticas da cena punk, como os NOFX e Soziedad Alkoholika, novamente em Faro, no Festival Super Rock 97 a 15 de Julho.

No verão desse ano, a banda começa a trabalhar no seu segundo álbum, tendo este sido gravado entre Maio e Junho de 1998, interrompido no entanto para dois concertos nos coliseus do Porto e Lisboa, a 29 e 30 de Abril, onde abriram para os Offspring. O segundo álbum, Só Não Vê Quem Não Quer, é lançado em Outubro de 98, e partem novamente para a estrada durante quase um ano, destacando-se a única ida ao estrangeiro, com uma actuação no festival CRock Note, em França.

Com muitos concertos e entradas e saídas na banda pelo meio, em Fevereiro e Março de 2002 gravam o novo álbum, É Assim…, que sai em Junho.

Em 2003 e 2004, tocam exaustivamente pelo país fora e voltam novamente ao estúdio em Janeiro de 2005 para a gravação do 4º álbum. Lambe-Botas é lançado em Abril em três concertos explosivos, primeiro no Porto, depois em Lisboa e finalmente em Faro.

A 7 de Dezembro de 2006 é gravado um DVD ao vivo na Incrível Almadense com lotação esgotada, que seria incluído na edição limitada do próximo álbum, Nada a Esconder, editado em 2008. Também em 2006, João Ribas com os Tara Perdida (então agenciados pela Xuxa Jurássica), encerram o Festival de Música Moderna mais antigo da cidade de Lisboa e produzido pelo Pelouro da Juventude da Câmara Municipal de Lisboa - "Festival Tocabrir" (nesse ano, teve lugar no Santiago Alquimista).

Em 2009 realizam concertos em nome próprio numa das salas mais consagradas do país como o Coliseu dos Recreios em Lisboa e o Cinema Batalha no Porto.

Cinco anos depois, a 29 de Abril de 2013, os Tara Perdida lançam aquele que viria a ser o último álbum da banda. Dono do Mundo, o sexto disco de originais, mostra a maturidade da banda e abre caminho aos 20 anos de carreira da banda.

Inesperadamente, no dia 3 de Março de 2014, João Ribas é internado no Hospital de Santa Maria, onde viria a falecer 20 dias depois, devido a uma infecção pulmonar.

Até à data do seu internamento hospitalar, era usual ver e ouvir João Ribas e muitos dos seus companheiros de viagem no panorama Punk Rock da cidade de Lisboa e do País, a colorirem com som o jardim envolvente da nova Biblioteca Municipal dos Coruchéus.

O nome de João Ribas está já perpetuado com a sua música. Agora, solicita-se à Câmara Municipal de Lisboa que dê o nome de João Ribas ao jardim envolvente à Biblioteca Municipal dos Coruchéus (bem perto da casa onde cresceu e viveu João Ribas).
  1. Actualização #8 Tudo na mesma...

    Criado em quinta-feira, 28 de Maio de 2015

    Para que serve uma "Unanimidade e Aclamação" na Assembleia Municipal de Lisboa? O momento foi bonito e não foi mais que isso! Passado um ano, o Jardim "João Ribas" ainda não existe! Aliás, existe apenas nas nossas cabeças. Enquanto 1º peticionário, nem me quero lembrar das palavras comparativas entre o "João" e um malogrado futebolista, ditas por Senhora que é Vereadora do Pelouro da Cultura da capital. Como a obra do João Ribas está viva e entre nós, esta petição também estará até ao dia do descerrar das placas toponimicas ao redor da Biblioteca Municipal dos Coruchéus! Ajuda a divulgar a petição, para chegarmos aos 2000 peticionários! Abraço a tod@s!

  2. Actualização #7 Processo na CML e Petição continuam a decorrer

    Criado em terça-feira, 21 de Outubro de 2014

    Depois da unanimidade e aclamação da proposta de criação do Jardim João Ribas, na Assembleia Municipal de Lisboa, a presente Petição não foi nem será encerrada até ao dia do descerrar da placa com o nome do João naquele Jardim dos Coruchéus. Em virtude do tempo que passou entre o momento na AML e o presente, foi solicitada à Câmara Municipal de Lisboa, informação sobre o decurso do processo. Aguardam-se novidades em breve e disso aqui darei conta. Abraço a tod@s!

  3. Actualização #6 Aprovado por unanimidade e aclamação na AML

    Criado em quarta-feira, 25 de Junho de 2014

    Enquanto 1º peticionário, quero agradecer a tod@s aquel@s que tornaram esta petição uma realidade. Ontem, na Assembleia Municipal de Lisboa, o João Ribas, provocou uma raridade: houve unanimidade e aclamação na proposta de criação do Jardim João Ribas no espaço envolvente à Biblioteca dos Coruchéus, em Alvalade. Todas as nossas assinaturas foram importantes para esta conquista! Ontem foi um dia bonito, graças ao "João Ribas" e a todos os peticionári@s! Abraço a tod@s e até ao descerrar da "placa" toponimica, a petição continuará em vigor...

  4. Actualização #5 Petição já recebida na AML e CML. Faltam 69p/1500

    Criado em sexta-feira, 16 de Maio de 2014

    Mais um esforço na divulgação e chegamos aos 1500 peticionários. O João Ribas merece!

  5. Actualização #4 Pedido de reforço de divulgação

    Criado em segunda-feira, 12 de Maio de 2014

    Olá a Tod@s! Como disse antes, a petição foi remetida à CMLx e à AMLx! Continua aberta à participação! Mais um esforço na sua divulgação e conseguiremos ultrapassar as 1.500 assinaturas! Ajuda na sua divulgação. Abraço a Tod@s!

  6. Actualização #3 Petição enviada para Presidente da Câmara e Assemb

    Criado em quarta-feira, 30 de Abril de 2014

    Olá a tod@s! A petição foi remetida para a Câmara e Assembleia Municipal de Lisboa com 1399 assinaturas. Obviamente, continuará aberta à participação e faço um apelo renovado à sua divulgação, para que, no dia da sua discussão, possamos apresentar mais peticionários. Abraço a tod@s!

  7. Actualização #2 Ultrapassamos as 1.200 assinaturas! Não acaba aqui

    Criado em segunda-feira, 21 de Abril de 2014

    Passada a Páscoa, atingimos as 1.200 assinaturas na Petição Pública para a criação do Jardim João Ribas em Alvalade, Lisboa! Está na altura de a transformar em papel e a entregar na Câmara e Assembleia Municipal de Lisboa. Ainda assim, a Petição vai continuar aberta para mais peticionários até ao dia em que esta for discutida em sede de Câmara. Obrigado a tod@s!

  8. Actualização #1 800 quase a mil!!!

    Criado em quinta-feira, 17 de Abril de 2014

    Em pouco mais de 24 horas, estamos prestes a atingir 800 peticionários. Vamos chegar aos 1000! O Ribas merece! Abraço a tod@s!




Qual a sua opinião?

Esta petição foi criada em 16 Abril 2014
A actual petição encontra-se alojada no site Petição Publica que disponibiliza um serviço público gratuito para todos os Portugueses apoiarem as causas em que acreditam e criarem petições online. Caso tenha alguma questão ou sugestão para o autor da Petição poderá fazê-lo através do seguinte link Contactar Autor
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