Petição Pública pela Recuperação do Campo de Jogos da Mãe de Deus.
Para: Exma Senhora Presidente da Assembleia Legislativa Regional dos Açores, Exmo Senhor Presidente do Governo Regional dos Açores, Exmo Senhor Secretário Regional do Desporto, Exmo Senhor Presidente da Assembleia Municipal de Vila Franca do Campo, Exmo Senhor Presidente da Câmara Municipal de Vila Franca do Campo
Pretendem os signatários da presente Petição Pública, que a Câmara Municipal de Vila Franca do Campo recupere o recinto desportivo denominado «Campo Municipal da Mãe de Deus» que permitirá, não só, a continuidade desportiva do Clube de Futebol Vasco da Gama – o único clube de futebol sedeado no centro urbano de Vila Franca do Campo – que no momento movimenta cerca de 40 atletas – assim como possibilitará o ressurgimento de outras colectividades desportivas. As razões que apresentamos são pertinentes e reconhecidamente justificadas e que a seguir se descreve:
1º - Historicamente, o futebol em Vila Franca do Campo iniciou-se com os primeiros pontapés no início dos anos 40 do século XX, numa altura em que o «volley-boll» deixava de ser prioridade no desporto local – muito por força da saída dos militares, responsáveis pela sua introdução nesta Vila – e que aliás, foram duas modalidades que chegaram a conviver no terrenos da Rua Visconde da Palmeira e denominados de «Mãe de Deus», passando a ser nas décadas subsequentes a modalidade que apaixonou os vilafranquenses até uma altura em que os responsáveis pela edilidade vilafranquense, nos três últimos mandatos, deixou de prestar atenção à manutenção devida ao Campo Municipal da Mãe de Deus, abandonando-o e com consequências financeiras para os clubes locais, resultando na extinção de alguns clubes e, a continuar assim, poderá contribuir para o «fecho» de outro histórico do nosso futebol – o Vasco da Gama;
2º - A Câmara Municipal de Vila Franca, no actual terreno – que ela própria (entidade pública e que se crê, de bem), abandonou – pretende construir uma escola profissional e um campo de «futebol de sete»;
3º - Porque um campo com dimensões de «futebol de sete» só servirá os escalões de formação até aos 12 anos (Sub-10 e Sub-12), pelo que os atletas que subirem aos escalões superiores verão interrompida a sua actividade, que obriga à sua prática num campo com as dimensões mínimas exigidas para a prática do «futebol de onze» e que é possível de concretizar-se no terreno em causa;
4º - Porque o «futebol de sete» poderá ser praticado nas infra-estruturas já existentes em várias freguesias do concelho bem coo, através de Protocolos, nos edifícios escolares;
5º - Porque a deslocação dos escalões de formação para os treinos e jogos em Ponta Garça começa a asfixiar financeiramente o único clube de futebol da sede do concelho que poderá resultar na sua extinção caso a recuperação do Campo Municipal da Mãe de Deus não se concretize;
6º - Porque a possibilidade de treinos e jogos bem no coração da Vila, permitirá um fácil acesso das crianças de e para a sua casa, para além da presença de seus pais e adeptos nos jogos caseiros;
7º - Porque, historicamente, o Campo de Jogos da Mãe de Deus constitui um lugar de encontro social e desportivo, reconhecido em toda a ilha, já alvo de atenção das entidades que geriram a nossa Vila há mais de 50 anos; e que a ser eliminado, contraria o objetivo por que labutaram tantos pescadores e camponeses que, voluntariamente, contribuíram para que aquele terreno, bem no coração da Vila, palpitasse alegremente os corações de tantos desportistas e adeptos do futebol e do voleibol e só por isso, não merecem o desrespeito pela não continuidade bem como por um património que é público e que não pode ser retirado a favor de uma Instituição, que muito respeitamos, mas que terá melhores condições de disponibilizar ou adquirir um terreno para a construção de uma escola profissional inserida numa Fundação que, recentemente, passou a ser sua;
8º - Porque a situação actual porque passa o Município não deve permitir obras desportivas megalómanas (como constituiu erradamente, num tempo próximo passado, o Açor Arena);
9º - Porque não devemos corrigir um erro com outro erro;
10º - Porque um Campo de Futebol no coração da Vila incentivará a criação de mais escalões permitindo a integração de mais crianças e jovens na prática desportiva para além de servir de apoio à actividade escolar (em tempos lectivos), os clubes locais (no calendário desportivo), e a população em geral (em alturas de inatividade daquelas primeiras);
Sugerimos que:
Utilizando os meios e mão-de-obra ao seu dispor, que a Câmara Municipal recupere o Campo de Jogos da Mãe de Deus dotando-o de condições mínimas para a prática de desporto, nomeadamente futebol, voleibol, futsal, entre outros;
E terminamos com a transcrição das declarações de um antigo dirigente que sobre aquele recinto, no Diário Desportivo de 26 de março de 1980, disse::” É convicção minha que valeu todo o esforço e sacrifício para que o nosso campo de futebol, já dotado de iluminação, continue para sempre, servindo o desporto e os jovens atletas na nossa Vila Franca.”
Vila Franca do Campo, 28 de novembro de 2013.
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