Não ao reconhecimento de um Estado Palestiniano por Portugal
Para: Assembleia da República
Somos cidadãos atentos, preocupados, com sentido crítico e de justiça. Como tal, não desejamos o mal de inocentes, mas isso inclui também não desejarmos o mal do povo de Israel que, desde antes da sua fundação, não conhece a paz, mercê de guerras levadas a cabo pelos países vizinhos, e de ataques terroristas impossíveis de quantificar, dado tão elevado número.
Atualmente, Israel trava uma batalha iniludivelmente civilizacional. A única democracia do Médio Oriente combate contra uma horda transnacional de terroristas, particularmente catalisada pela República Islâmica do Irão mas também pelo Líbano, Qatar, Síria, e outros. Os proxies da República Islâmica do Irão – Hamas, Hezbollah e Houthis - , lançaram milhares de ataques sobre Israel, e não fosse o poderio e a eficácia militar deste Estado-Nação, o desfecho teria sido totalmente trágico. Mais de cinquenta mil israelitas, ao norte do país, tiveram de abandonar as suas casas por causa de ataques impiedosos e, sim, o 7 de outubro de 2023 é uma das maiores vergonhas de que a Humanidade poderá recordar-se. Mas esta data não se contém nesse dia, transborda na atualidade, com reféns israelitas mantidos em condições de indignidade física e moral indiscutivelmente grotescas e desumanas.
O único agente que intentou um genocídio foi o Hamas. Culpar uma defesa ativa, ação levada a cabo por Israel, é culpar a vítima. Pretender que o horror das mortes de inocentes causadas pela guerra, sob a forma de penosos (mas inevitáveis) danos colaterais seja idêntico a uma sucessão tenebrosa de ataques intencionais contra civis, com pessoas massacradas, decapitadas, violadas, queimadas vivas, mortas e raptadas, incluindo bebés de meses, é das maiores atrocidades narrativas e morais da contemporaneidade.
Cidadãos de bem que somos, com a nossa razão e os nossos sentimentos perfeitamente alinhados, clamamos por justiça, pela possibilidade de uma paz efetiva e duradoura, mas cuja implantação será quimérica a não ser que os objetivos desta guerra, lealmente anunciados por Israel, se cumpram integralmente – a rendição do Hamas ou a sua total erradicação de Gaza, e a devolução integral dos cinquenta e oito reféns.
Convocamos esta outra realidade ante V.Exas.: o reconhecimento do Estado da Palestina é uma falácia que apenas pode revelar o quebranto moral e intelectual de quem o defende. Uma Nação é para quem a consegue conceber, construir, defender e manter. Não existe um estado da Palestina. Existe uma pseudo Autoridade Palestiniana, perfeitamente desautorizada pelo Hamas, e localizada em Judeia e Samaria (dita Cisjordânia), e um grupo de terroristas todo poderoso em Gaza. Isto, senhores deputados, por mais que a imagética desprovida de objetividade e razão, também ela grassante no Ocidente, pretenda mascarar, não consubstancia um País, um Estado, uma Nação. A Palestina é uma região que deve o seu nome à antiga Filisteia, sendo que os atuais ditos palestinianos nada têm que ver com esses antigos filisteus. Os palestinianos poderão, sim, quem sabe, num futuro, vir a erigir um Estado. Neste momento, qualquer reconhecimento de um Estado inexistente é injusto, ridículo e irracional, porquanto:
- seria dar um presente ao Hamas e aos seus financiadores e atiçadores, por todo o mal perpetrado não só contra israelitas, contra cidadãos de várias partes do mundo, e contra os gazuanos;
- tal reconhecimento daria foros de legitimidade a uma região dominada por terroristas, que formariam um governo de terror e opressão intensificados, não só contra o seu povo, mas contra o vizinho que declarada e reiteradamente afirmam que irão destruir -Israel;
- contraria o Direito Internacional e as normas aceitáveis para haver um Estado;
-fortalece o antissemitismo, que conhece renovadas formas de violência em todo o mundo, com especial pesar para o nosso Ocidente;
- enfraquece o Ocidente qualquer tipo de promoção do Jihadismo e do Islão radical.
Face ao exposto, solicitamos aos senhores deputados a maior atenção a esta matéria, e uma clara recusa do reconhecimento de tal dito Estado Palestiniano. A diferenciação entre essa desejada e expectável decisão de Portugal, com dois partidos do espectro de centro-direita e extrema-direita, como maioria, e um partido mais vinculado à direita, e a inclassificável decisão de outros países só poderá orgulhar-nos por não reforçarmos a ignorância, a precipitação e o enviesamento noticioso que tantas mentiras e desfigurações da realidade tem propalado.