Por Protocolos Médicos para Infeções Urinárias Crónicas em Portugal – Basta de Sofrimento Invisível
Para: Presidente da República Portuguesa – Prof. Marcelo Rebelo de Sousa, Ministra da Saúde – Dra. Ana Paula Martins, Direção-Geral da Saúde (DGS), Comissão Parlamentar de Saúde da Assembleia da República, Serviço Nacional de Saúde (SNS), INFARMED – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, Ordem dos Médicos
Somos um grupo de mulheres portuguesas que vive com uma condição devastadora, incapacitante e amplamente ignorada: a infeção urinária crónica — uma doença real, mas sistematicamente desvalorizada, muitas vezes rotulada como Cistite Intersticial ou Síndrome da Bexiga Dolorosa.
Durante anos, fomos confrontadas com respostas que nos marcaram mais do que qualquer exame invasivo:
“Está tudo bem com a sua bexiga.”
“O exame não mostra nada.”
“É psicológico.”
“Aprenda a viver com isso.”
Mas nós não estamos bem.
E a ciência já demonstrou que há algo profundamente errado com esta abordagem.
- A bexiga não é estéril.
- As uroculturas tradicionais falham em detetar infeções persistentes.
- Há tratamentos eficazes, mas não estão disponíveis em Portugal.
- Muitas mulheres gastam milhares de euros para conseguir ajuda noutros países.
No Reino Unido, clínicas como a Artemis Cystitis aplicam protocolos clínicos baseados em evidência:
• Microscopia de urina fresca no momento da consulta, detetando inflamação e bactérias
• Antibioticoterapia prolongada, com dosagem adequada para eliminar biofilmes resistentes
• Apoio multidisciplinar e validação real da dor da paciente
E aqui?
Em Portugal, as mulheres são abandonadas.
Somos tratadas como hipocondríacas. Como histéricas.
Somos empurradas para o diagnóstico de “dor crónica inexplicável” — sem investigação, sem solução.
Queremos ser ouvidas. Queremos ser tratadas. Queremos respostas.
Uma das mulheres do nosso grupo relatou que, só num hospital do Porto, o médico que a segue acompanha mais de 60 mulheres com o diagnóstico de Cistite Intersticial. E isso é apenas um médico. Um hospital.
Quantas mais estarão em sofrimento, sem diagnóstico, sem nome, sem voz?
O que exigimos:
- Protocolos nacionais atualizados, baseados na ciência médica mais recente
- Disponibilização urgente de exames modernos, como o sequenciamento genético (NGS) e a microscopia de urina fresca
- Acesso ao medicamento Hiprex (Methenamine Hippurate) e outros fármacos internacionalmente reconhecidos
- Formação contínua para profissionais de saúde sobre infeção urinária crónica, biofilmes e microbioma urinário
- O fim da estigmatização psicológica dos sintomas urinários femininos — a dor não é histeria, é biologia
Não estamos a pedir luxo.
Estamos a pedir dignidade.
Estamos a lutar pelas nossas vidas, pelas nossas famílias, pela nossa saúde mental e física.
Assina esta petição. Por ti. Pela tua irmã, filha, mãe, amiga. Por todas nós.
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Acompanha o nosso movimento e lê testemunhos reais em: @cistitesilenciosa
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