Pela liberdade alimentar nas escolas: Contra refeições vegan e á base de vegetais obrigatórias
Para: Ex.mo Senhor Presidente da Assembleia da República; Ex.mo Senhor Primeiro-Ministro de Portugal; Ex.ma Senhora Ministra da Saúde; Ex.mo Senhor Ministro da Educação; Ex.mo Senhor Diretor-Geral da Educação; Ex.mo Senhor Diretor-Geral da Saúde; Ex.mo Senhor Diretor-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE); Ex.mo Senhor Provedor de Justiça; Ex.mo Senhor Presidente da Comissão de Educação e Ciência da Assembleia da República; Ex.ma Senhora Bastonária da Ordem dos Nutricionistas; Ex.mo Senhor Presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP)
Nós, cidadãos abaixo-assinados, vimos por este meio manifestar a nossa preocupação e descontentamento com a introdução de refeições vegan, á base de vegetais (onde muito pouca proteína e gordura animal são consumidas) e à substituição do uso de sal por especiarias, obrigatórias nas escolas públicas portuguesas.
A alimentação é uma escolha pessoal, familiar, cultural e de saúde. Impor um único modelo alimentar às crianças, sem considerar as preferências e necessidades nutricionais de cada família, é uma violação da liberdade parental e da autonomia individual e que viola a Constituição da República Portuguesa.
Muitos pais estão a ser confrontados com escolas onde pelo menos num dia da semana, a única opção oferecida é vegan, sem alternativa com proteína animal e gordura animal de qualidade e todas as outras são á base de vegetais onde a ingestão de proteína animal e gordura animal são mínimas e de pouca qualidade.
As refeições são também privadas de sal em função do uso de especiarias.
Isto não respeita a diversidade alimentar nem assegura o equilíbrio nutricional necessário para o desenvolvimento saudável das crianças.
Assim exigimos:
1. O fim imediato da obrigatoriedade de refeições exclusivamente vegan nas escolas;
2. Que as refeições escolares (almoços, pequenos-almoços e lanches) deixem de ser maioritariamente baseadas em vegetais e passem a incluir obrigatoriamente fontes de proteína e gordura de origem animal, todos os dias.
3. Que as opções vegetarianas ou veganas passem a ser uma escolha opcional, exclusivamente para quem expressamente o solicitar (com consentimento informado dos pais).
4. Que as refeições consideradas “leves” (pequenos-almoços e lanches) deixem de consistir apenas em pão, fruta ou sumos, e passem a incluir também alimentos de origem animal como ovos, queijo, iogurte natural, carnes processadas de qualidade (ex: fiambre 95% (ou mais) carne, presunto apenas com carne e sal) carnes ou peixe.
5. Que seja proibido substituir o sal por especiarias ou outros aditivos que não respeitam o paladar das crianças e que podem comprometer a sua aceitação da refeição.
6. Que o acesso a uma boa alimentação não esteja dependente de um atestado médico ou atestado de religião.
7. Que os pais sejam devidamente informados e ouvidos em relação à alimentação dos seus filhos, podendo recusar qualquer orientação que considerem contrária à saúde e bem-estar das crianças.
8. Que seja proibido qualquer doutrinação ideológica alimentar nas salas de aula.
9. Que o refeitório seja obrigatoriamente apenas um espaço de convívio e alimentação e não um espaço de educação alimentar e doutrinação alimentar.
10. Que seja proibido o sistema de classificação de lanches de forma a respeitar a vontade dos pais e proteger o direito de bem estar emocional á criança.
11. Quem sejam avaliados todos os projectos que já estão em vigor e que sejam reformulados de acordo com estas exigências.
12. Um debate público com profissionais de saúde, nutrição e educação, e que tenha em consideração o ponto 6, para garantir que as decisões alimentares respeitam a ciência, a liberdade e a saúde das crianças.
Porquê esta petição?
As ementas escolares atualmente impostas a muitas crianças têm vindo a excluir, com frequência e de forma sistemática, alimentos de origem animal, como carne, peixe, ovos ou laticínios – sendo substituídos por pratos baseados em vegetais, cereais, leguminosas e nomeadamente versões ultraprocessadas como soja e seitã. Em alguns casos, as crianças passam um dia inteiro com alimentação 100% vegetal, sem qualquer fonte de proteína ou gordura animal, essenciais ao seu desenvolvimento.
Estas práticas, justificadas por ideologias alimentares ou agendas ambientais, violam o direito dos pais a educar os filhos segundo os seus valores e conhecimento. São também contrárias ao melhor interesse das crianças, com base nas evidências científicas atuais sobre nutrição e saúde infantil.
Evidência científica preocupante:
• Dietas vegan ou baseadas em vegetais são pobres em nutrientes essenciais como: vitamina B12, ferro heme, colina, creatina, carnosina, anserina, taurina, EPA e DHA (omega-3), vitamina A (retinol), K2, colesterol, ácido esteárico, ácido pentadecanóico, ácido hetadecanóico e CLA. Todos presentes exclusivamente em alimentos de origem animal.
• Estudos indicam que dietas Veganas e vegetarianas durante a infância aumentam o risco de défices cognitivos, fraturas ósseas, sarcopenia e atraso no desenvolvimento físico e mental.
• Estudos mostram que a baixa ingestão de proteína animal está associada e causa diversos problemas de saúde como sarcopenia, osteopenia e osteoporose, depressão e doenças metabólicas como obesidade e doença cardiovascular.
• O consumo excessivo de hidratos de carbono por conta de uma alimentação á base de plantas está fortemente associada e é cause de obesidade, resistência á insulina, compulsão alimentar e fome constante.
• A gordura saturada (presente na gordura animal e maioritariamente na carne de ruminantes) é vital para o desenvolvimento cerebral e hormonal. O seu corte sistemático em favor de óleos vegetais ultraprocessados (ricos em ácido linoleico) está associado a maior risco de doenças metabólicas como obesidade, resistência à insulina, cancro e doenças cardiovasculares.
• O sal é essencial à hidratação e saúde metabólica. O consumo insuficiente de sal está associado a maior risco de doenças cardíacas, renais, fracturas, osteoporose e até depressão.
Por uma alimentação escolar que respeite a saúde, o desenvolvimento e a liberdade das nossas crianças
Exigimos que a alimentação escolar volte a ser completa, nutritiva e baseada na verdadeira ciência, não em ideologias.
Assinamos esta petição para proteger o futuro e o desenvolvimento das nossas crianças que serão a próxima geração.
Esta petição foi iniciada por Hugo Lourenço, pai de três filhos, licenciado em Treino Desportivo, com mais de 15 anos de experiência na área da saúde e fitness.
Sou defensor de uma alimentação completa, natural e densa em nutrientes, baseada em evidência científica robusta que respeita o desenvolvimento físico, neurológico e emocional das crianças.
Estou disponível para esclarecimentos, para colaborar em debate público, e para expor situações em que escolas ou instituições estejam a impor práticas contrárias à lei ou ao superior interesse das crianças.
Contacto: Instagram @coachugolourenco