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Por uma Avenida da Boavista Verde, Humanizada e Sustentável

Para: Aos cidadãos do Porto e a todos os que frequentam ou valorizam a Avenida da Boavista

Os abaixo-assinados, cidadãos preocupados com o futuro urbano e ambiental da cidade do Porto, vêm, por este meio, manifestar a sua profunda oposição à concretização da segunda fase do projeto MetroBus nos termos atualmente previstos, e, em consequência, requerer à Câmara Municipal do Porto e às demais entidades competentes que:
1. Recusem o avanço da segunda fase do MetroBus em canal dedicado na Avenida da Boavista;
2. Impeçam o abate de dezenas de árvores, preservando o património arbóreo existente;
3. Salvaguardem a atual ciclovia, reconhecida como um exemplo de mobilidade suave e sustentável;
4. Promovam uma Avenida da Boavista verde, humanizada e integrada, ao serviço dos cidadãos e do ambiente.
A cidade do Porto enfrenta uma decisão determinante para o seu futuro urbano e ambiental. A segunda fase do projeto MetroBus, para a qual foi recentemente submetido pela Metro do Porto à Câmara Municipal do Porto o pedido de autorização para o início da empreitada, prevê a construção de um canal segregado ao longo do eixo viário da Avenida da Boavista, nomeadamente entre o cruzamento da rua António Aroso/Parque da Cidade e o Castelo do Queijo.
Esta intervenção incide sobre um dos troços mais emblemáticos da cidade e implica a eliminação da ciclovia atualmente existente — devidamente implementada, com elevada qualidade de execução, e já reconhecida como uma referência no panorama da mobilidade suave do Porto. A concretização deste projeto terá impactos profundos e irreversíveis sobre o traçado da via, o património arbóreo e a qualidade do espaço público, comprometendo o equilíbrio paisagístico e urbano em nome de uma infraestrutura tecnicamente rígida e descontextualizada, sem que estejam demonstrados benefícios proporcionais em termos de mobilidade ou acessibilidade, tal como preconizado pela Câmara Municipal do Porto.
O modelo proposto pela Metro do Porto revela-se tecnicamente desadequado, urbanisticamente injustificável e manifestamente extemporâneo, tanto mais que a primeira fase do BRT ainda não entrou em funcionamento — devido a inúmeros, inexplicáveis e lamentáveis atrasos — e a cidade continua sem conhecer, nem confiar, na eficácia deste modelo de transporte. Ao impor um canal exclusivo e segregado para os veículos do BRT, compromete-se a preservação do património arbóreo, desqualifica-se o espaço pedonal e elimina-se a experiência ciclável da avenida, contrariando frontalmente os princípios de mobilidade sustentável, integração funcional e valorização do espaço público.
Existem, no entanto, alternativas tecnicamente viáveis e com menor impacto, nomeadamente a adoção de uma solução de canal partilhado (banalizado) com o tráfego automóvel, que permitiria manter a ciclovia, salvaguardar o património arbóreo e preservar a coerência urbanística da avenida.
Face ao exposto, os signatários desta petição exigem que as obras da Metro do Porto não avancem nos moldes previstos e que sejam consideradas soluções que respeitem o interesse público, o meio ambiente e a qualidade de vida dos portuenses.
Porto, 19 de maio de 2025



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Esta petição foi criada em 22 maio 2025
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