Não queremos Sérgio Costa novamente candidato a presidente da câmara da Guarda
Para: Cidadãos e amigos da Guarda
O grupo de cidadãos abaixo assinados, constituído numa vertente pluripartidária, maioritariamente apolítica, no pleno gozo dos seus direitos e em plena consciência cívica, manifestam o seu profundo desagrado pela recandidatura de Sérgio Costa à Câmara Municipal da Guarda, nas próximas eleições autárquicas, com base nos seguintes fundamentos:
1. Em 2021, o candidato, formou e liderou um movimento independente que ganhou as eleições autárquicas no concelho da Guarda. Presentemente, tem desenvolvido contatos e manifestado intenções de aproximação a outras forças políticas, designadamente ao Chega, PSD e PS, para obtenção de suporte político e eventualmente encabeçando uma candidatura pela força política que "der mais". Tal ato traduz um ataque aos cidadãos eleitores do concelho da Guarda que veem nesta atitude uma traição descarada aos valores construídos em 2021 e que nortearam a candidatura independente do próprio.
2. Sérgio Costa não cumpriu o seu programa eleitoral, sendo completamente residuais as promessas implementadas no concelho, o que tem contribuído para o atraso cada vez maior deste território, que cada vez mais se afasta negativamente dos seus congéneres na região.
3. Sérgio Costa não demonstrou ter, nem tão pouco evidencia que tenha, uma visão estratégica para a Guarda, desaproveitando oportunidades de desenvolvimento, desinvestindo em áreas chave como por exemplo o turismo e contribuindo para um atraso sistémico do concelho. Esta atitude é tão mais gravosa porque numa altura em que os programas PRR e Portugal 2030 estão em vigor, as candidaturas a esses fundos não seguem um fio condutor, nem tão pouco privilegiam investimentos estruturantes para o município, antes sendo um conjunto de pequenos gastos avulso, com pouco ou nenhum valor acrescentado para o concelho.
4. Sérgio Costa desprezou as instituições da região, não promovendo, por omissão, uma cultura sinérgica de alavancagem mútua, designadamente, desvalorizando a mais-valia que o ensino superior empresta à inovação e ao ecossistema empreendedor tão necessário ao desenvolvimento do território, bem como, esquecendo o enorme contributo económico que a dinâmica académica oferece à cidade.
5. Sérgio Costa implementou uma cultura de compadrio, favorecimento, nepotismo e benefícios discriminatórios nos concursos de emprego da esfera de competências da câmara municipal, privilegiando descaradamente os seus apoiantes em detrimento das competências e credenciais académicas que outros interessados, mais adequados, pudessem ter.
6. Sérgio Costa promoveu um mau ambiente laboral no seio da própria autarquia, tratando com desprezo e arrogância funcionários que democraticamente perfilam sensibilidades diferentes e tacitamente mandatou terceiros, seus apaniguados, para fomentar comportamentos persecutórios a alvos bem identificados nos serviços camarários.
7. Sérgio Costa passou todo o mandato a queixar-se da oposição, atribuindo-lhe a responsabilidade da sua inação, quando essa mesma oposição, ingenuamente, sufragou a esmagadora maioria das propostas apresentadas.
Em face destas e de muitas outras razões aqui não elencadas, não podemos permitir que o candidato e atual coveiro da autarquia guardense, Sérgio Costa, se apresente a umas futuras eleições autárquicas porque, embora democraticamente o possa fazer, ética, moral e profissionalmente não demonstrou ter as competências que o qualificam para tal.
