Fim da semestralidade nas escolas
Para: Exmo Senhor Presidente da Assembleia da República; Exmo Senhor Primeiro Ministro; Exmo Senhor Ministro da Educação
A estrutura do calendário escolar, em alguns municípios, passou a ser semestral. Nesta decisão os alunos e Encarregados de Educação não tiveram opinião, nem os técnicos especializados no desenvolvimento das crianças e jovens.
Depois de já alguns anos nesta distribuição, nota-se uma necessidade de regressar aos “3 períodos letivos” para que os alunos tenham avaliação objetiva e concreta com aplicação de todos os critérios definidos. A avaliação formal em 3 momentos é mais facilitadora para um jovem ter a perceção do seu estado e planear as suas metas e objetivos.
Há ainda a considerar que o país apresenta uma enorme panóplia de calendários escolares definidos, não sendo, muitas vezes, coincidente até com escolas no mesmo concelho. Acresce ainda a instabilidade e a falta de rotinas, até de sono, tão importante no crescimento e desenvolvimento cognitivo.
Particularizando o final de ano civil e o início do seguinte, na semestralidade, os alunos estão 2 semanas de férias de Natal, regressam e continuam com testes logo nos primeiros dias, passadas 3 semanas voltam a parar para a conclusão do semestre, voltando passado algumas semanas à interrupção de Carnaval. Há uma instabilidade desnecessária nas rotinas das crianças e jovens, desde horários como níveis de concentração e proficiência. Propõe-se uma análise da diversidade dos calendários escolares no país.
Nota-se uma letargia e uma aceitação desta mudança para a semestralidade sem qualquer análise profunda e detalhada.
Esta petição pretende que a semestralidade seja analisada: haver no nosso país diferentes calendários escolares faz sentido?
Existe um calendário escolar definido em Diário da República devendo ser este o adotado por todas as escolas nacionais, por forma a valorizar a Escola, as suas aprendizagens e as expectativas dos alunos e jovens e seus Encarregados de Educação.