Contra a atribuição do nome do Gisberta Júnior a um arruamento no Bonfim
Para: Câmara Municipal do Porto e Junta de Freguesia do Bonfim
Contra a atribuição do nome do Gisberta Júnior a um arruamento no Bonfim.
As ruas de uma povoação são um museu e biblioteca a céu aberto de um povo, na sua toponímia estão registados os lugares das aldeias, vilas e cidades, assim como estão homenageados os homens e mulheres locais, nacionais e internacionais que deixaram a sua marca na História.
A Câmara do Porto discute a atribuição ao arruamento entre Rua das Eirinhas e Travessa das Eirinhas, no Bonfim, o nome do sem-abrigo brasileiro assassinado em 2006, Gisberta Sales Júnior.
Os mais de 700 sem-abrigo (muitos deles Portugueses) da cidade do Porto vivem, neste exacto momento, as mesmas situações. Vítimas de uma sociedade decadente, afectados por uma epidemia horrível de metadona e alvos constantes agressões e homicídios. Esse número, assim como a criminalidade e a insegurança, aumentaram exponencialmente nos 10 anos de mandatos de Rui Moreira, e quase nada tem sido feito para combater esse crescimento.
O executivo com o logótipo Porto Ponto espera que os sem-abrigo, um por um fique Morto e Pronto.
O Gisberta Júnior foi só mais uma vítima dessa condição e de um estilo de vida destrutivo. Devido à sua circunstância de transexual e imigrante, está a ser usado como bandeira por certos grupos e por uma Autarquia que há muito deixou de se preocupar com os Portuenses e com os Portugueses.
Ninguém perguntou aos Portuenses se era isso que queríamos, talvez porque a CMP já há muitas décadas que nos corre para fora das nossas casas de granito e azulejo...
Uma cidade prestigiada e milenar merece uma toponímia que emana Esperança e História, não que glorifique a degeneração e os maus-hábitos. Os sem-abrigo merecem soluções reais não sinalizações de virtude em chapas verdes e baratas.
Os Portuenses merecem que as ruas voltem a ser nossas!