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Abandono Baixo Alentejo

Para: Exmo Sr Presidente da Assembleia da República

O Baixo Alentejo é uma das regiões mais esquecidas deste País à beira mar plantado.

É moda e fica bem afirmar que se adora o Alentejo, mas enquanto temos noticias diárias sobre os lucros astronómicos da banca, que nós todos ajudámos a recuperar e que agora nos explora, ou de constantes escândalos de desvio de verbas, que são de todos nós contribuintes, ou enquanto assistimos a vergonhosas Comissões de Inquérito, onde a memória e vergonha estiveram ausentes, ou enquanto ouvimos falar nos milhões do PRR que parecem uma miragem, ou enquanto a elevada carga fiscal nos reduz os vencimentos ao mínimo de existência, o Baixo Alentejo e o seu interior é completamente ignorado.

O Estado não tem como função dar lucro nem prejuízo, o Estado deveria ter como função servir a sua população, sem distinções, colocando à sua disposição condições para que vivam o melhor possível, nomeadamente em termos de saúde, educação, mobilidade, fixando população e emprego, com a utilização eficaz e sem desvios dos nossos impostos, que dizem estar estimados em 167milhões por dia em 2024!

No Baixo Alentejo, principalmente no seu interior, não temos estradas, temos caminhos rurais, não temos um Serviço de Saúde capaz para responder às necessidades destas gentes, não temos Escolas com condições mínimas para os nossos jovens, não temos emprego para fixar esses mesmos jovens, não temos transportes públicos (rodoviários ou ferroviários), mas temos um aeroporto que parece não servir para ninguém e uma Autoestrada (A2) que atravessa o distrito apenas porque para chegarem às praias do Sul não havia alternativa, estando a sua ligação a Beja (A26) e à fronteira de Ficalho (IP8) parada há mais de uma década e onde se pode incluir a EN265 a aguardar melhoramentos desde os anos 90 (foto), por exemplo... Uma Vergonha!

Basta olhar em nossa volta para verificarmos que não há retorno relativamente aos impostos que pagamos. Somos contribuintes como os outros, pagamos os mesmos impostos e, no entanto, não temos acesso aos mesmos serviços e oportunidades, será justo?

Não somos todos iguais perante a Constituição?

Pagamos a interioridade sempre que vamos ao supermercado ou a um posto de abastecimento;
Pagamos a interioridade sempre que precisamos de serviços públicos, dignos desse nome:
Pagamos a interioridade sempre que vemos os nossos jovens partir por falta de oportunidades;
Pagamos a interioridade com o envelhecimento brutal da população residente sem termos condições para lhes proporcionar a qualidade de vida que merecem.
Pagamos a interioridade... diariamente!

Sei que a região não tem peso político, que temos menos votantes que uma qualquer Freguesia de Lisboa, que dos 230 deputados da AR apenas 3 são eleitos pelo distrito de Beja, isto apesar de estarmos no maior distrito do País, mas também somos Portugueses!

Peço que olhem para esta região, para quem cá continua a viver e a resistir, dando-lhe a importância que merece e que o tão proclamado combate à desertificação e abandono do interior seja uma realidade e não mais um chavão eleitoral, utilizado de 4 em 4 anos!

Triste o País em que as políticas de investimento se regem pelos votos a obter com as mesmas!



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Esta petição foi criada em 14 outubro 2023
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