Pelo encerramento da Escola do Adro
Para: Presidente da Junta de Freguesia de Águeda e Borralha
A Escola do Adro é uma instituição que tem sido aclamada como uma 'casa Mãe', mas, na realidade, é um projeto que desperdiça recursos valiosos da Junta com beneficiários que nem sequer são residentes na Freguesia. Embora possa ter os seus méritos e mais-valias para aqueles que a têm frequentado, é importante questionar a eficácia desse projeto e as condições que lhe são oferecidas para funcionar.
Enquanto alguns afirmam que a Escola do Adro fornece um ambiente seguro e enriquecedor para crianças e jovens, não há relatórios que permitam tornar evidente o seu impacto. Ao longo dos anos são várias as crianças e jovens que deixaram o projeto por terem falta de acompanhamento, pois a Junta não tinha monitores com formação. Muitas vezes as crianças eram encontradas sozinhas nas ruas, ou encostadas às paredes, sem interagirem entre elas, apenas entretidas a jogar nos smartphones. Há sérias dúvidas sobre a verdadeira eficácia do projeto e isso nunca foi discutido a sério.
Embora a Escola do Adro se autodenomine um projeto que promove a cidadania plena, as bases dessa afirmação são vagas e imprecisas. Os conceitos de pensar, fazer, ser e estar são mencionados, mas não há detalhes sobre como esses princípios são aplicados ou avaliados no dia a dia da escola. Sem uma estrutura sólida e mensurável, é difícil acreditar que a instituição esteja realmente cumprindo o seu objetivo declarado.
Além de tudo isto, a Escola do Adro é um projeto financiado pela União de Freguesias de Águeda e Borralha, o que significa que sua existência está sujeita às decisões do órgão executivo. Se o atual executivo decidiu encerrar o projeto, é porque avaliaram que os recursos alocados poderiam ser melhor utilizados em outras áreas que beneficiem a comunidade das freguesias de maneira mais ampla.
Embora seja compreensível que aqueles que tiveram experiências positivas com a Escola do Adro estejam relutantes em vê-la encerrada, é importante considerar uma análise objetiva e perceber quais os motivos que verdadeiramente levam ao encerramento. Em vez de defender a manutenção de um projeto que carece de evidências sólidas de seu impacto.
