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Pelo Porto de Recreio das Lajes das Flores

Para: Exmo. Sr. Presidente do Governo Regional dos Açores

Exmo sr Presidente do Governo Regional

Em 2011 o Porto das Lajes das Flores foi dotado de um núcleo de recreio com o objectivo de proporcionar condições não só à náutica de recreio e desportiva da ilha mas também aos veleiros que todos os anos escalam o Arquipélago aos milhares.

A Baía das Lajes chegou a receber 300 veleiros por ano e esperava-se que o número aumentasse, havendo amarrações e estruturas de apoio. As amarrações foram sempre muito limitadas e quanto a estruturas de apoio, fez-se uma pequena renovação no balneário dos pescadores e abriu uma lavandaria, particular.
Devido ao desenho do porto, a marina tornava-se quase uma armadilha com ventos de Leste mas ainda assim, era melhor que nada. Iam-se gerindo o melhor possível os inevitáveis atritos entre a pesca profissional, a náutica local e os iatistas visitantes, porque quando um recurso é escasso (neste caso, o espaço) os atritos são inevitáveis.

Os iatistas dinamizam sempre uma economia com um mínimo de impacto negativo, não chegam de avião nem causam pressão no alojamento e além do que gastam nos mercados, transportes, restaurantes e bares, têm necessidades específicas que os turistas não têm: reparações mecânicas, serralharia, carpintaria e aprestos vários, sectores que também têm procura no mercado local, mas pequena.
Se tem condições para ficar em segurança, um iatista vai fazer todas estas tarefas e compras onde está, e o aumento dessa procura especializada traz mais oferta, que só beneficia o mercado náutico das próprias ilhas, já para não falar da animação tão necessária e apreciada numa zona portuária de uma ilha pequena.
As condições não eram ideais mas ia-se fazendo o melhor possível pela vida náutica das Flores, entre pescadores, iatistas, mergulhadores, velejadores e quem ia simplesmente dar um passeio no mar.

No dia 1 de Outubro de 2019 o furacão Lorenzo destruiu o porto e o que nele estava e mudou a vida desta ilha.
Como não havia estrutura nenhuma afecta à marina além dos pontões flutuantes, só estes foram destruídos, logo, substituindo os pontões e limpando o fundo, a marina estaria operacional.

Acontece que na altura o governo decidiu encarar a obra do porto como um todo, nem sequer tendo contemplado a hipótese de voltar a ter a marina a funcionar muito antes da conclusão do molhe principal e dos diferentes cais.
As partes operacionais dos pontões flutuantes que restaram foram enviadas para a Horta, aqui ficou um monte de pontões partidos. Houve a intenção de os recuperar localmente, posteriormente foram classificados de sucata e mudou o plano: vai ser tudo novo, mas para concluir nas fases finais da obra.

Por iniciativa local, no ano passado foi instalado um pontão, recuperado dos escombros, mais do que insuficiente para todas as embarcações locais, recreativas e desportivas, que pagam impostos como os outros e têm a razoável expectativa de, vivendo numa ilha, terem condições de ir ao mar, e para os veleiros que mesmo sabendo da falta de condições na ilha, ainda nos visitam.

Pedem-nos que esperemos 5 anos, e não se trata de grandes obras de engenharia, trata-se de substituir pontões que alegadamente até já foram pagos pelos seguros accionados aquando do desastre.
Todos reconhecemos a importância do turismo e o crescimento do mercado, este ano nas Lajes há 4 embarcações Marítimo Turísticas, que investiram para ter essa licença e que trazem valor à ilha, mas nenhuma tem condições decentes de amarrar e embarcar e desembarcar os passageiros.

O argumento de que o porto interior estava vedado ao tráfego por causa das obras da ponte cais só valeu até ao princípio deste ano, nada obstava a voltarmos a ter os pontões este ano, mas não se pensou nisso sequer.
Passaram mais de 3 anos e a Portos dos Açores e a Secretaria das Obras Públicas não têm nada a dizer à ilha das Flores sobre o porto de recreio a não ser que está incluído num projecto em curso cuja conclusão está prevista para 2028. Acreditamos que é possível resolver o problema do núcleo de recreio com um investimento mínimo e sem o fazer depender da conclusão das restantes obras do Porto,

Os subscritores vêm por isso apelar a V.Exa para que sejam tomadas pela Portos dos Açores e pela Secretaria Regional dos Transportes as medidas necessárias para instalar quanto antes pontões flutuantes no Núcleo de Recreio das Lajes das Flores, para que as actividades náuticas recreativas, desportivas e profissionais não tenham que estar em suspenso e sem condições até 2028.

Lajes das Flores, Maio de 2023



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Esta petição foi criada em 24 maio 2023
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