Vamos Derrubar Este Muro que nos Separa em Faro
Para: CCDRA, CMF
Numa altura em que a linha ferroviária do Algarve, entre Faro e VRSA, se encontra a sofrer melhorias e se discute na CCDR Algarve as opções a aplicar verbas do PRR, na linha do Algarve, é altura certa para nos unirmos na defesa do centro histórico de Faro e restabelecer a sua ligação natural com a sua Ria Formosa, sem barreiras desnecessárias nos tempos que correm, depois de mais 100 anos separadas por um caminho de ferro tradicional e por um muro de betão que nos limita e nos afasta. Como?
Hoje em dia muitas cidades com centros históricos estão a adaptar as suas linhas de caminho de ferro tradicionais em metros ligeiros que constituem atualmente o melhor transporte publico de e para os centros das cidades.
Um comboio elétrico ligeiro de baixo impacto ambiental que se mistura, em alguns troços, nas ruas históricas e sem trânsito rodoviário, com peões e com piso nivelado, circulando a baixa velocidade nas vias mais movimentadas, é o novo sangue que corre nas artérias seculares destas cidades. É assim junto da Catedral de Sevilha, é assim nas ruas de Granada árabe, é assim na Ponte D. Luis, no Porto e pode ser assim em Faro, junto das muralhas.
Em Faro, podemos eletrificar a linha, nivelar o piso e derrubar o muro, que nos separa da ria, criando um percurso pedonal e de metro ligeiro em comum e ligando o Jardim Alameda João de Deus, com paragem na Biblioteca Ramos Rosa, Portas do Mar e Estação Ferroviária de Faro principal, numa extensão aproximada de 500 m, numa primeira fase, expandindo, numa segunda até à cidade de Olhão e numa terceira até às Gambelas e Aeroporto.
Esta é a minha proposta. Conciliar e ligar o centro histórico á mobilidade e ao lazer, numa solução inédita e modernista para o Algarve do seculo XXI.
Peço vos pois o apoio para esta ideia chegar aos nossos decisores políticos com mais força.
Juntos conseguiremos derrubar este muro que nos separa e tornar a baixa da cidade mais inclusiva.
Paulo Gordnho
