Pelo fim do uso obrigatorio de máscara nas escolas
Para: Direção Geral de Saúde; Ministério da Educação; Assembleia da República
Sou professor e pai de crianças em idade escolar.
Penso não ser nenhuma novidade afirmar que grande parte dos alunos está a ser prejudicada pelo uso da máscara.
Sabemos que há dificuldades em compreender o que é dito, dificuldades em articular palavras (com especial incidência no âmbito das línguas) e consequentes dificuldades na ortografia. O panorama é pior ainda quando se trata de estudantes cuja língua materna não é o Português.
As crianças pequenas manifestam já défices evidentes na reprodução de fonemas (uma situação descrita pelos terapeutas da fala) e o seu relacionamento com educadores e demais pessoal não-docente complicou-se pela impossibilidade da leitura facial (os psicólogos também o referiram), apesar dos esforços incansáveis e das tentativas em contornar uma situação não normal.
Pessoalmente, após praticamente um ano letivo de máscara, constato que tenho dores de cabeça recorrentes, rouquidão, mau-hálito, falta de ar ocasional e uma sensação de grande cansaço, físico e psicológico, reforçada pela irracionalidade neste aspeto particular.
É inexplicável obrigar ao uso de máscara em situações em que a comunicação verbal e visual são essenciais e não o fazer nas discotecas ou nos bares. É incompreensível ver os deputados da nossa Assembleia (sentados sem distância de segurança) retirarem as máscaras para falar e os professores não o poderem fazer. É inconcebível manter o uso obrigatório de máscaras para uma população (alunos e professores e pessoal não-docente) que está praticamente toda vacinada.
Não haver uma posição imediata da DGS e do ME sobre esta questão, independente dos números que venham a ser apresentados no futuro e da posição dos especialistas, revela uma total falta de sensibilidade e respeito pelos direitos dos cidadãos.
A continuação desta obrigatoriedade é um verdadeiro e consciente atentado à saúde física e mental daqueles que fazem parte da comunidade escolar.