Contra o Encerramento do balcão do Banco Montepio Geral na freguesia da Maia
Para: Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores
A Maia é uma freguesia que pertence ao concelho da Ribeira Grande e que tem, de momento, uma população de aproximadamente 2000 habitantes permanentes. Reconhecida pela sua intensa atratividade turística, seja ao nível das suas festividades, seja igualmente ao nível do seu património edificado, a Maia é também lugar de passagem e permanência, durante o verão, de muitas pessoas que sabem poder encontrar na nossa freguesia, a calma, a paz e o sossego necessários.
Além de tudo isso, a Maia é reconhecidamente uma freguesia dinâmica, que conta com o empenho e dedicação de um conjunto muito vasto de cidadãos, que participa ativamente em diversas instituições nas mais variadas áreas.
Por tudo isto, entendem os signatários desta petição, que o encerramento do Balcão Montepio Geral, na Maia, que além da própria Maia, serve também as freguesias do Porto Formoso, São Brás, Lomba da Maia, Fenais da Ajuda e a Lomba de São Pedro é uma medida que não respeita, nem satisfaz a população de cerca de 10000 mil habitantes.
É mais um balcão que irá ser encerrado, já que o Santander Totta também já foi encerrado, deixando completamente desvalidos os seus clientes, e obrigando-os a ter que se deslocar à cidade da Ribeira Grande.
A agência bancária do Montepio Geral existe na nossa freguesia há mais de três décadas, precisamente 35 anos, tendo servido as pessoas da freguesia, ao longo de todo este tempo.
É preciso compreender que mais este encerramento lesa e penaliza a Maia com resultados, que não sendo ainda conhecidos são já previsíveis.
Vai penalizar toda a população da Maia, as suas empresas e instituições dos diferentes setores e, em particular, as pessoas mais idosas, sem conhecimentos básicos de tecnologia digital, para aceder às plataformas que os bancos disponibilizam e sem meios, ou mesmo autonomia, para se deslocar a outras localidades, a fim de tratar dos diversos assuntos.
Julgamos, com sinceridade, que mais de três décadas de relacionamento, não podem apagar-se assim e, que a Maia, e a sua população mereciam mais respeito de uma instituição que se serviu desta freguesia durante tanto tempo.
Bem sabemos que seremos uma gota no oceano, que a decisão voraz não olha a particularidades, mas a nossa Maia, no concelho da Ribeira Grande, é terra de gente firme, empenhada e que tem, acima de tudo, muito amor pela sua terra.
Por isso, apelamos ao Senhor Presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, ao Senhor Presidente do Governo dos Açores, ao Presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande e a Junta de Freguesia da Maia, para que tomem uma posição firme, por forma a travar este esvaziamento dos meios rurais de que, mais uma vez, a Maia está a ser vítima. Situações destas contribuem, claro está, para a desertificação destas freguesias, esvaziam-nas de pessoas mais novas, que procuram zonas mais atraentes, com serviços mais próximos e melhores, para criar os seus filhos e viver com as suas famílias.
É hora de todos nos unirmos, de darmos corpo ao que tantos apregoam sobre a desertificação e a necessidade de apoiar e suportar os meios rurais, fazendo-os crescer e dando-lhes oportunidades diversas.
Aqui está uma boa oportunidade para combater a desertificação da Maia: não deixar que lhe seja roubado mais este serviço!
A Maia merece ser tratada com respeito e dignidade. A Maia precisa que o poder político dê um passo em frente pela Maia, passemos então das palavras aos atos.
Os peticionários
Obs: É necessário validar a vossa submissão de assinatura desta petição, por favor, queiram verificar na vossa caixa de correio e/ou SPAM se receberam algum e-mail por parte da Petição Pública e cliquem no link anexo. Obrigado!
