Exigimos uma urgente intervenção militar e humanitária de Portugal e da UE em Cabo Delgado (Moçambique)
Para: todos os cidadãos
Exigimos ao Governo Português e à União Europeia uma posição muito firme para com o Governo de Moçambique, e uma intervenção militar e solidária urgente, corajosa e decidida, em Cabo Delgado - Moçambique.
Desde outubro de 2017 que o grupo jihadista islâmico Ahlu Sunnah Wa-Jama (ASWJ), também conhecido por Al-Shabaab aterroriza o nosso povo irmão moçambicano da província de Cabo Delgado, com atrocidades de extrema desumanidade e violência.
Os ataques do grupo jihadista já provocaram pelo menos 2600 mortos, metade deles civis, e originaram 750 mil pessoas deslocadas em fuga da morte, provocando uma enorme crise humanitária semelhante à provocada pelos tempos de guerra civil em Moçambique (1977-1992).
Há muitas crianças e adultos traumatizados porque terem visto pessoas a serem raptadas, outras degoladas, outras cortadas aos pedaços. Há muitas pessoas feridas, com fome e doenças por passarem vários dias escondidas no mato; gente sem teto; populações em desespero; muitas pessoas desaparecidas; famílias desesperadas em se encontrar e reunir pois muitos perderam-se nas fugas. O pânico é diário e o governo moçambicano, que só recentemente começou a agir, tem-se revelado incapaz de fazer frente aos terroristas.
Desde 2017 que o Governo de Moçambique tem mostrado não apenas desinteresse com o problema, mas sempre pretendeu escondê-lo da comunidade internacional, dado que várias pessoas foram ameaçadas de morte, como testemunham o ex-bispo de Pemba, D. Luiz Lisboa, vários jornalistas, e o caso do desaparecimento em abril de 2020 de jornalista de uma rádio local, após ser cercado pela polícia.
Neste sentido, exigimos ao Governo Português e à União Europeia uma posição muito firme para com o Governo de Moçambique, e uma intervenção militar e solidária urgente, corajosa e decidida, em Cabo Delgado - Moçambique.
