Não ao teletrabalho com filhos menores de 12 anos
Para: Ex.mo Senhor Presidente da Assembleia da República e Primeiro Ministro
Desde o dia 22/01, as creches e escolas de todos os níveis de ensino encontram-se encerradas. Com isto o governo criou, tal como no primeiro confinamento , o apoio de assistência a família ( Modelo GF88-DGSS ) com uma remuneração de 66% ,deixando de fora todas as famílias onde pelo menos um dos progenitores esteja em teletrabalho.
Para todas as famílias que exercem teletrabalho, que seja backoffice ou para quem atende telefones o dia todo, (desde assistência a reclamações), sabemos que não é possível efectuar as duas funções com o mesmo rigor, tendo de cuidar das crianças ou bebés que estão em casa
Não temos o mesmo direito de ficar com os nossos filhos que os outros pais por estar em teletrabalho ? Mas afinal estar em teletrabalho significa arriscar o rigor profissional exigido pela empresa. Quem liga para uma linha de apoio vai gostar de ouvir a/ as birras? Ou o cliente estará disposto a esperar até a birra passar? É o nosso profissionalismo que está em causa.
Como conseguiremos fazer o nosso trabalho com o mesmo rigor se temos de dar atenção ao nosso filho, dar lhe de comer, mudar fraldas, tudo o que ele precisa, uma vez que ainda está totalmente dependente de nós ?
Para nós que estamos em teletrabalho, a lei assume que um progenitor em teletrabalho pode cuidar do filho pequeno e trabalhar ao mesmo tempo, sendo desta forma negado o apoio.
Para as famílias que tem 1 ou até os 2 progenitores em teletrabalho, 1 dos progenitores deveria ter direito ao apoio, parando com as suas funções de trabalho para cuidar do filho a 100%
Quem está em teletrabalho está a lutar para que a economia do país não pare, call center no meu caso é uma profissão de desgaste e que está neste momento na linha da frente mas não está a ser reconhecida como as outras profissões
Desta forma o que pedimos é simples: que o teletrabalho seja retirado para quem tem filhos menores de 12 anos, para desta forma cessar funções, e ter o apoio da segurança social como qualquer outra profissão que não esteja na linha da frente.
