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Queremos alteração dos horários escolares no Agrupamento de Escolas de Mirandela a bem da segurança dos alunos

Para: Director do Agrupamento de Escolas de Mirandela e Sra presidente do Município de Mirandela

Estamos de regresso às aulas presenciais no Agrupamento de Escolas de Mirandela, num momento complexo, acrescido pela adversidade e preocupação que o COVID nos impõe e após um longo período vazio de esclarecimentos aos pais/encarregados de educação, que o momento exigia.

Muito se tem escrito e falado sobre a preocupação das escolas públicas darem uma resposta pedagogicamente adequada e segura (física e emocionalmente), tendo plena consciência de que o risco existe e a probabilidade de haver casos é enorme e real. Pelo que importa perceber a capacidade de controlo das eventuais situações que surjam e a capacidade de evitar consequências mais graves, atendendo ao período critico que se aproxima.

Para que o pior não aconteça e para garantir a continuidade de uma aprendizagem de sucesso dos nossos filhos/educandos, era imperioso ter auscultado toda a comunidade educativa no terreno: alunos, pais/encarregados de educação, professores, assistentes técnicos, profissionais de saúde e de segurança e não se tomarem medidas avulsas, ditatoriais e de gabinete.

Eis que iniciamos mais um ano letivo e, ainda que atípico para todos, também o é para os agrupamentos limítrofes e outros a nível nacional.

Fala-se cada vez mais na autonomia dos agrupamentos. E, de facto, verificou-se em alguns, quando implementaram medidas pensadas pedagogicamente e viáveis para os seus alunos com horários por turnos, outros optaram por aulas até às 16h00 no máximo, já outros optaram por libertar mais tardes às crianças, iniciando 30 minutos mais cedo todas as manhãs, zelando, deste modo, não só por assegurar a qualidade de ensino, a redução do número de alunos no espaço escolar, bem como pela redução do seu tempo de permanência no mesmo.

No nosso agrupamento tudo se fez de modo inverso, questionamo-nos: “Saberão eles algo que a todos nós escapa, incluindo à DGS?”, uma vez que implementaram medidas que nem a DGS se lembrou. Sim foram além das indicações das autoridades de saúde, mas para o lado contrário.

Senão vejamos:

- Empurraram os horários um e dois tempos, colocaram turmas com entrada no espaço escolar as 9h30min e a outas às 10h30min (já a meio da manhã).
Então e os meninos que chegam de autocarro das aldeias às 8h?
E aqueles cujos pais não têm outra possibilidade que não seja deixá-los na escola às 8,30h porque trabalham? Sim porque não há apoios do Estado para os pais poderem entrar no emprego mais tarde para deixar os filhos na escola às 10.30h, como houve no passado durante o estado de emergência.
A solução encontrada é no mínimo desumana: são encaminhados para uma sala comum onde permanecerão com um professor sem componente letiva para os vigiar. Neste caso, não estariam aprisionados, mas sim enjaulados. Grandes medidas!

- Aulas a terminar às 17h20min;

- Intervalos de 5 minutos dentro das salas de aulas;

- Disciplinas estruturais que como é do conhecimento comum devem ser lecionadas preferencialmente no período da manhã foram alocadas em horários tardios, alturas em que os senhores professores e alunos, por muito que se esforcem, não têm o mesmo rendimento:

- Paragens para almoço de 3h. Questionamos, sim porque ninguém se deu ao cuidado de esclarecer os encarregados de educação dos alunos do 2/3 ciclo e secundário, que alternativas têm disponíveis para os alunos ocuparem estas horas, sem se infetarem uns aos outros. Ou esperam, inocentemente, que os alunos nestas idades cumpram o distanciamento social nestas horas livres;

- No 1° ciclo os meninos dispõem de 1h30min para almoçar. Neste caso, sim, já se deram ao cuidado de pensar uma solução para evitar o contágio nestas horas: almoçam em 30 min. e voltem para as suas salas de aula, onde devem permanecer, aprisionados;

- Se no passado contávamos com duas tardes livres, neste momento aumentaram mais uma tarde com atividade letiva;

Segundo declarações dadas ontem pelo Senhor Diretor do AEM: “Horários mais trabalhosos para um bem comum, a saúde dos alunos”. Sinceramente, não percebemos. As nossas sinceras desculpas pela nossa ignorância!

Ou seja, em tempos de pandemia e no sentido de serem alargadas as medidas de contingência, em Mirandela e ao contrário do que foi solicitado pelas autoridades de saúde, aumentam as horas de permanência no espaço escolar, com todos os alunos.

Se analisarmos os horários, vemos que entre as 10.30h e as 17.20h a população escolar é total. Não era isto, de todo, que se pedia!

Não se está a zelar pela saúde dos alunos, nem tão pouco a assegurar a qualidade de ensino. Esta oferta de horário não se coaduna com os horários dos pais/encarregados de educação, para poderem dar resposta e não abandonar / despejar os seus filhos/educandos na escola. Aliás, nem houve preocupação em que tal fosse assegurado, pois os pais apenas tiveram conhecimento destas medidas e horários no dia 16 de setembro, esquecendo-se que o agrupamento está inserido na comunidade educativa, onde deve haver articulação estreita com as famílias e outras instituições existentes que complementam a oferta educativa e para os pais/encarregados de educação negociarem a sua flexibilidade horária com as entidades patronais. Estas medidas, tardias e com falta de bom senso, foram tomadas apenas a “olhar para o seu umbigo”.

Segundo informações prestadas no agrupamento, este horário teve de ser definido assim, devido a questões de transportes. Ora, para um município que gasta milhares de euros com clubes, associações e afins, seria prioritário investir na educação, em prol do sucesso e da segurança das suas crianças, que, no momento atual, não mereceria qualquer critica da sociedade civil em geral. Atendendo às declarações do Senhor Vereador: “não houve preocupação com qualquer questão financeira!”. Permitam-nos dizer: “Não bate a bota com a perdigota”. Entendam-se e esclareçam-nos, por favor!

A informação e o diálogo transparentes e coerentes são fatores fundamentais para que as famílias sintam segurança e confiança, tão necessárias neste tempo difícil.

Com uma comunicação clara, que proporcione a correta perceção da informação, coerente e explícita, as pessoas serão envolvidas e sentirão a responsabilidade que lhes cabe para que tudo aconteça da melhor forma possível, quer a nível pedagógico, quer a nível de segurança.

Não nos peçam mais paciência em prol da saúde mental dos nossos filhos/educandos, já temos tido de sobra e, por este andar, a saúde mental que ficará em risco será a dos encarregados de educação.

Muito menos nos peçam confiança. Com estas medidas (horários) que segurança temos garantida?
Sim confiamos, mas na educação que demos aos nossos filhos, esperando que eles cumpram as normas e se protejam. Porque de outra forma não estarão seguros…

A confiança exige compromisso e conquista-se pelo respeito mútuo, como se verificou no passado recente, em tempo de confinamento com o ensino á distancia, em que os pais foram o fator chave na colaboração com os senhores professores para que a aprendizagem se desse. E que bem cumpriram esse papel!

Não podemos ficar inertes como se tudo estivesse bem. Temos de cumprir o papel de pais e estar à altura dos nossos filhos, defendendo-os, defendendo-nos, SEMPRE!

Sim, é possível fazer mais.

É possível fazer diferente.

É possível fazer melhor e terão de fazer melhor, para evitar o pior.

O sucesso do processo ensino-aprendizagem depende da boa articulação e comunicação entre todos os intervenientes num triângulo, em que o principal deve ser sempre o aluno. A escola, pais/encarregados de educação e comunidade devem estar em sintonia no bem estar do aluno e neste momento é crucial não só o sucesso escolar, mas também a saúde mental de todos

Queremos ser ouvidos pelas autoridades responsáveis.

Queremos ser ouvidos TODOS, e não apenas uma elite que não nos representa de todo, que não nos defende e apenas defende os seu interesses (pessoais) e nos encharca de discursos políticos.
Queremos que as nossas preocupações sejam levadas em conta.

Queremos uma revisão dos Horários que garanta a segurança dos nossos filhos e isso só se consegue fazendo com que passem menos tempo fora de casa.

JUNTOS SEREMOS MAIS FORTES!
  1. Actualização #2 Reabertura

    Criado em sábado, 3 de Outubro de 2020

    Uma vez que vários pais demonstram interesse em assinar a petição e não tiveram oportunidade de o fazer decidimos reabrir a petição por tempo determinado.

  2. Actualização #1 Encerramento

    Criado em quinta-feira, 24 de Setembro de 2020

    ***INFORMAÇÃO RELATIVA AO SEGUIMENTO DA PETIÇÃO*** Foi nossa intenção com esta petição, que foi posta a circular durante o passado fim de semana, partilhar com outros Pais e/ou Encarregados de Educação (apenas os que têm acesso às redes sociais) um conjunto de preocupações, que foram relatadas por vários elementos da comunidade educativa, de acordo com o teor da mesma. Estamos conscientes que esta foi a melhor forma de perceber a dimensão de tal descontentamento. Ao verificar que validaram e comentaram a presente petição um número tão elevado num tão curto espaço de tempo, ficámos conscientes de que as preocupações são comuns à maioria das famílias/comunidade educativa. Assim sendo e em nome dos mais de 200 rostos e respetivas famílias que esta petição representa, a mesma foi entregue no dia 23 deste mês no Município de Mirandela na pessoa da sua Presidente a Dra. Júlia Rodrigues, a quem agradecemos desde já a preocupação demonstrada. Fomos informados que após análise da petição e tendo a mesma merecido a devida atenção, foi convocado, com carácter de urgência, uma reunião do Conselho Geral do Agrupamento de Escolas de Mirandela, o órgão máximo do Agrupamento. Aguardemos serenamente as decisões que surjam deste conselho. Reservando-nos o direito de reabertura da petição caso não sejam tidas em conta as considerações nela descritas, e os problemas relatados não sejam corrigidos. Os autores desta petição e todos os que a assinaram agradecem desde já terem sido ouvidas e tidas em consideração as suas preocupações, algo que tem sido difícil ultimamente. Aguardemos serenamente




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Esta petição foi criada em 17 Setembro 2020
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