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Não queremos o tendencioso Polígrafo como verificador de factos do Facebook

Para: Rede Social Facebook


Não queremos o tendencioso Polígrafo como verificador de factos do Facebook

Considerandos:

Sendo certa a indisponibilidade e incapacidade do Jornal Polígrafo para verificar factos de maneira profissional, séria e isenta, é espantoso - ou talvez não - que este órgão de informação mantenha o privilégio e a tarefa de censurar e limitar as publicações na rede social Facebook em nome do combate à desinformação e às Fake News. Em tão pouco tempo de actividade, o Jornal Polígrafo tem um historial preocupante de absoluto desprezo pela verdade e pelos factos. Abaixo apresentamos dez exemplos:

1. No dia 22 de Abril de 2019, na emissão do seu espaço no telejornal da SIC, o Polígrafo difundiu a mentira de que Jair Bolsonaro havia feito um comentário racista num programa de televisão. O comentário racista de Jair Bolsonaro nunca existiu, tratava-se de uma montagem de gravações, um caso de Fake News já com anos, sobejamente conhecido naquele país, que acabou nos tribunais brasileiros.

https://www.noticiasviriato.pt/verdade-vs-poligrafo-jornal-poligrafo-mente-sobre-bolsonaro/

2. No dia 29 de Agosto de 2019, no site Polígrafo, foi publicado um artigo no qual se classificou como "falso" um artigo do Notícias Viriato que dava conta do extermínio abortivo de crianças com Síndrome de Down na Islândia. No entanto, no mesmo artigo, o Polígrafo citou duas autoridades, um especialista científico e um órgão de informação, confirmando o facto noticiado pelo Notícias Viriato: através de testes e abortos para eliminar os bebés detectados com essa deficiência, o Síndrome de Down está a desaparecer na Islândia.

https://www.noticiasviriato.pt/verdade-vs-poligrafo-poligrafo-nega-exterminio-de-bebes-com-sindrome-de-down-na-islandia/

3. No dia 26 de Março de 2019, o Polígrafo defendeu as alegadas boas intenções de um boato racista difundido na internet: em vez de confirmar se, de facto, o jogo Portugal-Ucrânia "infectou" a cidade de Lisboa com adeptos neo-nazis preparados para a violência, o Polígrafo alegou que a principal motivação dessa falsidade posta a circular por Mamadou Ba era "alertar as pessoas para terem cuidado". A mentira de Mamadou Ba, na mera, infundada e isolada opinião do Polígrafo, não foi "um insulto gratuito, muito menos uma expressão de racismo."

https://www.noticiasviriato.pt/verdade-vs-poligrafo-mamadou-ba-inventou-boato-racista-e-o-poligrafo-defendeu-o/

4. No dia 6 de Junho de 2019, no site Polígrafo, foi classificada como "imprecisa" a notícia verdadeira sobre a maior causa de morte mundial no ano de 2018: o aborto. Apesar do Polígrafo ter verificado que nesse ano foram praticados mais de 50 milhões de abortos em todo o mundo, alegou que governos e organizações de saúde não reconhecem o aborto como causa de morte. Segundo o Polígrafo: "A designação do aborto como causa de morte é (...) uma escolha política, fundamentalmente baseada na crença de que a vida humana começa no momento da concepção". No entanto, a vida humana começar no momento da concepção [da vida humana] é uma verdade de la palisse confirmada pela Biologia, a qual nem sequer é negada por defensores acérrimos do aborto como Peter Singer. Além disso, as políticas [abortivas] dos governos e organizações mundiais não servem como argumento de autoridade nesta questão. O Polígrafo não verificou a fonte correcta para concluir se o aborto humano mata ou não seres humanos. É a Biologia, não o Polígrafo nem as opções estatísticas de políticos e organizações promotoras do aborto, que determina a natureza do ser destruído num aborto.

https://poligrafo.sapo.pt/fact-check/com-41-milhoes-de-mortes-o-aborto-foi-a-principal-causa-de-morte-mundial-em-2018

5. Na época de Natal de 2019, o Polígrafo optou pela crítica de cinema a um filme de Semana Santa (atente-se no desnorte e na falta de rigor dos seus elementos), classificando então a obra de Mel Gibson "A Paixão de Cristo" como imprecisa. Tal classificação não fez qualquer sentido num jornal que supostamente verifica factos. Pior do que isso, depois de ser criticado nas redes sociais, o Polígrafo simplesmente apagou o artigo do seu site, sem justificação, nota, esclarecimentos nem pedido de desculpa aos leitores. As ligações de Facebook e Twitter desse texto do Polígrafo remetem agora para uma página do site que já não existe. O verdadeiro jornalismo de fact-checking verifica factos; não faz críticas políticas a obras de arte, e deve assumir os seus erros em vez de apagá-los como se não tivessem existido.

https://www.facebook.com/jornalpoligrafo/posts/474716063237863?__tn__=-R

https://twitter.com/JornalPoligrafo/status/1211321258077564932

6. No dia 2 de Novembro de 2019, o Polígrafo propôs-se verificar se uma determinada família com sete filhos era ou não sustentada com mais de 1200 de euros em subsídios mensais pagos pelo Estado. Apesar do pai dessa família ter uma declaração gravada em vídeo e áudio a circular na internet onde diz receber por mês mais de 1200 euro em subsídios, e apesar de o Polígrafo reconhecer que não conseguiu "questionar a pessoa em causa", a notícia foi considerada falsa. (!)

https://www.noticiasviriato.pt/verdade-vs-poligrafo-familia-com-sete-filhos-recebe-mais-de-1-200-por-mes-em-subsidios/

7. No dia 16 de Agosto de 2019, o Polígrafo considerou falso um artigo do Notícias Viriato relativo aos planos de António Guterres para combater o "discurso de ódio". Segundo o Notícias Viriato, esse combate ao "discurso de ódio" serve para limitar e censurar a liberdade de expressão de opiniões dissidentes. Mas segundo o Polígrafo é falso que Guterres queira limitar a liberdade de expressão porque Guterres disse não querer limitar a liberdade de expressão (!). Além deste argumento patético, nada factual, o Polígrafo não forneceu aos seus leitores a ligação para o artigo original do Notícias Viriato onde eram argumentados os perigos e derivas da agenda contra o indefinido "discurso de ódio".

https://www.noticiasviriato.pt/os-donos-da-verdade-do-poligrafo-tentam-e-falham-difamar-o-noticias-viriato/

8. No dia 22 de Novembro de 2019, o Polígrafo confirmou a validade da interpretação do significado racista e supremacista branco de um gesto feito por Polícias do Movimento Zero durante uma manifestação. No entanto, no mesmo artigo o Polígrafo reconhece não ser "possível conferir qual seria a verdadeira intenção dos elementos do Movimento Zero ao fazerem aquele gesto, se estariam a representar um zero (remetendo para a denominação do grupo), ou se tinham a consciência do novo significado odioso que o gesto adquiriu." Deste modo, no critério editorial do Polígrafo conta mais a interpretação e significado atribuído a um gesto que alguém fez, não a intenção de quem fez o gesto, intenção essa que o Polígrafo admite desconhecer. Para piorar a credibilidade do Polígrafo, o alegado "novo significado odioso que o gesto adquiriu" resulta de um processo de fakenews iniciado num fórum de internet anónimo onde foi traçado o plano de inundar as redes sociais com essa mentira.

https://archive.4plebs.org/pol/thread/114482325/

https://www.noticiasviriato.pt/verdade-vs-poligrafo-poligrafo-tenta-descredibilizar-movimento-zero-com-embuste-sobre-o-gesto-ok/

9. No dia 24 de Junho de 2020, o Polígrafo classificou como "falsa" uma publicação de Facebook sem qualquer impacto ou expressão "viral" na qual um cidadão citava uma declaração do Professor José Hermano Saraiva sobre o número de presos políticos antes e depois do 25 de Abril: "Até 25 de abril de 1974 havia 88 presos [políticos] em Portugal; três meses depois eram três mil." O Polígrafo classificou a publicação como falsa, o que implica censurá-la no Facebook, socorrendo-se de uma estimativa do Professor Fernando Rosas segundo a qual o Estado Novo fez cerca de 30 000 prisioneiros políticos entre 1926 e 1974. Ou seja, o Polígrafo nada verificou sobre o número de presos políticos que havia na data 25 de Abril de 1974, nem os comparou com o número verificado três meses depois. Sem verificar os factos, o Polígrafo censura politicamente o debate histórico.

https://www.noticiasviriato.pt/poligrafo-o-history-checking-a-jose-hermano-saraiva-e-os-danos-colaterais-sobre-um-cidadao-que-abriu-a-boca/

10. No dia 24 de Junho de 2020, o Polígrafo propô-se verificar se o norte-americano George Floyd foi ou não condenado por nove crimes, incluindo roubo, posse de droga e assalto à mão armada. O Polígrafo consultou o registo criminal de Floyd e confirmou as condenações. No entanto, o Polígrafo classificou a notícia com um "Verdadeiro Mas" baseando-se em pormenores como a arma do assalto ser de calibre desconhecido e não ter sido apontada à cara mas ao abdómen da vítima

http://jairoentrecosto.blogspot.com/2020/06/poligrafo-e-os-crimes-de-george-floyd.html

Feito este resumo de algumas das falhas graves do Polígrafo na verificação de factos, temos ainda as questões de transparência e ética jornalística que envolvem o director do jornal. Nomeadamente,

- Director do Polígrafo sob investigação da Comissão da Carteira Profissional de Jornalista por notícias de envolvimento em actividades incompatíveis com o exercício da profissão.

https://ionline.sapo.pt/artigo/677978/diretor-do-poligrafo-sob-investigacao-da-carteira-profissional-de-jornalista-?seccao=Portugal

-Director do Polígrafo envolvido em negócios duvidosos investigados pelo Ministério Público.

https://www.sabado.pt/portugal/detalhe/diretor-do-poligrafo-apanhado-no-caso-mafia-do-sangue

-Director do Polígrafo não cumpre o Código Deontológico.

https://www.noticiasviriato.pt/director-do-poligrafo-nao-cumpriu-o-codigo-deontologico-dos-jornalistas/


CONCLUSÃO

"Cada interpretação do Polígrafo corresponde à identificação com a verdade absoluta e à denúncia como Fake News de toda a interpretação discordante, ainda que mais adequada. Isto não vem de agora: desde início o Polígrafo transita do fact-checking para o opinion-checking, ao serviço de uma qualquer agenda acrítica. De forma ditatorial, o Polígrafo enxerga as suas próprias opiniões como tendo um estatuto superior, elevadas à categoria de leis divinas, para em seguida censurar, com essa prática prejudicando muitas vezes o bom nome e a vida pessoal e profissional das suas vítimas. Pois, o que é o opinion-checking senão o novo paliativo da censura?"

Polígrafo, fact-checking ou opinion-checking? https://www.noticiasviriato.pt/poligrafo-fact-checking-ou-opinion-checking/


Pelos motivos acima enumerados, os signatários da presente petição vêm solicitar à rede social Facebook que coloque um fim à sua parceria com o Polígrafo em matéria de verificação de factos.



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Esta petição foi criada em 09 julho 2020
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