Inclusão da representação de manifestações clínicas de indivíduos de raça negra e minorias étnicas no Ensino Médico
Para: Escolas Médicas Portuguesas
Por esta via se solicita que as Escolas Médicas passem a incluir no currículo as especificidades referentes às manifestações clínicas de minorias étnicas - nomeadamente em condições em que existam diferenças clínicas relevantes entre a raça caucasiana e a raça negra, assim como outras minorias étnicas.
As descrições clínicas como eritema, palidez e rubor não são características de todas as raças e os alunos devem ser sensibilizados para isso. O Ensino Médico deve ser representativo da sociedade diversificada em que vivemos e não ter todos os membros da sociedade igualmente incluídos vai contra esse valor.
O ensino baseado na raça caucasiana leva os alunos de medicina a estarem pouco preparados para reconhecer sinais e sintomas de determinadas doenças noutras raças. Exemplos pertinentes são a meningococcemia e o rash da doença de Kawasaki, que são muito menos visíveis em doentes com pele escura.
A representação de todas as raças é importante em todos as áreas e é vital no Ensino Médico, para que os futuros médicos estejam preparados para prestar cuidados de qualidade ajustados a todos os doentes.
(inspirado em abaixo assinado feito ao GMC)