METRO sem barreiras
Para: Câmara Municipal de Lisboa
Lisboa, como capital de um país considerado desenvolvido, tem por dever, em pleno século XXI, oferecer circulação sem barreiras arquitectónicas a toda a gente. As pessoas têm por direito a livre circulação e acesso aos espaços, independentemente das suas limitações. Como tal, a cidade deve estar preparada, tanto quanto possível, para possibilitar a pessoas de mobilidade reduzida o acesso a todos os lugares. Contudo, constata-se que apenas parte das estações de metro da cidade estão adaptadas. Mesmo na zona principal de Lisboa, há locais onde isso não se verifica. Estações de metro sem outro acesso que não escadas, sejam elas rolantes ou não, não possibilitam acesso de cadeiras de rodas, andarilhos, carrinhos de bebé e afins, com a facilidade que deviam ter por direito. Por uma capital adaptada e inclusiva, com acesso para todos, deviam ser adaptadas com elevadores a maioria de estações de metro possíveis.
A mobilidade é algo básico na vida da maioria das pessoas, quase inata, orgânica. Tão natural que quase nem se dá pela sua importância, é vital. Contudo, quando existe alguma limitação na mobilidade do indivíduo, seja por motivo hereditário, neurológico, de acidente ou outro qualquer, só aí percebemos como o país não está preparado para a diversidade, só aí entendemos que valor tem cada passo, e a falta que faz o que tanta gente toma por garantido.
No dia a dia, passam despercebidos os obstáculos. Contudo, basta um acidente temporário que condicione por uns dias a mobilidade, para que qualquer um se aperceba que os obstáculos à circulação em cadeira de rodas, andarilho e afins são inúmeros.
Portugal é um país desenvolvido, e Lisboa como capital tem o dever de dar resposta a este tipo de situações.
O Metro é o meio de transporte básico de enormes quantidades de pessoas numa base diária, e, como Transporte Público, pressupõe-se que seja acessível a TODOS. A palavra todos inclui também pessoas com mobilidade reduzida, como qualquer outro indivíduo com direitos e deveres cívicos.
Uma capital tem por dever ser abrangente. Barreiras arquitectónicas em pleno século XXI não se justificam.
Assine a petição, por uma Lisboa para todos!