Repudio á greve dos professores de 17 Junho
Para: Ex. Sr Provedor da Justiça
Não se pretende inibir ou cerciar o direito á Greve dos professores ainda que a sua motivação e sobretudo o seu timing sejam discutiveis.
A motivação é discutivel porque o que está em causa é ajustar mais um degrau nas regalias e direitos adquiridos dos FP (funcionários públicos) com vista a tender igualar, que ainda assim ficam longe, aos demais cidadãos que trabalham no sector privado os quais com os seus rendimentos de algum modo sustentam o pagamento dos ordenados dos FP.
O timing chega a ser malevolo, porque atinge sobretudo a razão de ser da sua actividade que são os alunos, os professores têm que perceber que estão na profissão porque os alunos existem e necessitam de serem ensinados e não podem ao fim de um ano de trabalho, negar-se a publicar as notas e sobretudo impedir os alunos de realizarem os exames dentro do calendário previsto.
Os prejuizos causados aos alunos e familias são incalculaveis, esta instabilidade e incerteza acaba por gerar resultados que não podem ser positivos, existem familias que têm a sua vida programada, sejam férias ou outros eventos, em função de um calendário que os sindicatos e professores resolveram que este ano não seria cumprido.
A justiça portuguesa ao decidir não fixar serviços minimos, e depois considerar que o recurso apresentado pelo Governo não tinha caracter de urgência é no minimo apreensivo, parece que neste país tudo o que é FP se está a escusar a cumprir com as suas obrigações, apenas parecem ter direitos.
Talvez seja hora de apresentar queixa em tribunal contra os Sindicatos e o mal que produziram nos alunos e famílias.