Petição O futuro da profissão veterinára em Portugal: Urgência de um plano estratégico unificado
Para: médicos veterinários e estudantes de veterinária
Na base desta petição está:
1. O actual desconhecimento das taxas de empregabilidade dos recém-licenciados em Medicina Veterinária em Portugal.
2. A falta de dados estatísticos que permitam ajustar a oferta em formação com as necessidades do mercado (revisão periódica de Numerus clausus; assim como formação continuada e avançada)
3. A actual falta de informação sobre os sectores de empregabilidade, no domínio em funções veterinárias, dos recém-licenciados,
4. A falta de informação, em geral, que permita uma planificação estratégica da formação dos médicos veterinários, com adequação continuada dos programas de ensino, a concretização de programas de formação avançada especializada, e outros de carácter formação continuada de actualização de conhecimentos (conhecida por CPD - Continual professional development), que tenha em conta a globalização da economia e dos mercados e a nossa contextualização num espaço económico e social Europeu. É necessário capacitar com excelência, eficiência e autonomia os profissionais desta classe, ao longo da sua carreira profissional, que os tornem capazes e competitivos num contexto global. A constante mudança da conjectura económica e social moderna, reflecte-se em necessidades “mutantes” dos sistemas productivos pecuários, de lazer e industriais, de conservação ambiental, e saúde pública. Há que avaliar para poder reprogramar sistemas mais eficientes e que garantam a dignidade, o reconhecimento, a credibilidade, o prestigio, a capacitação técnica satisfatória, e ainda, muito importante, uma renumeração financeira "digna", que esta classe médica, também merece.
Como exemplo, Otto Radostits (2002) escreveu “meeting the needs of progressive livestock producers is a full time career for a progressive food-animal practitioner and is not a part time job.” (Committee to Assess the Current and Future Workforce Needs in Veterinary Medicine)
Para mais informação a respeito da importância deste tipo de estudos sugerimos a leitura de um modelo realizado nos EUA e disponível online:
https://d3n8a8pro7vhmx.cloudfront.net/eden/pages/1/attachments/original/1360706227/Workforce_study_(1).pdf?1360706227
Vimos por este meio solicitar junto da Exma Sra. Doutora Laurentina Pedroso, bastonária da Ordem dos Médicos Veterinários em Portugal, que promova junto das instituições de ensino veterinário em Portugal, um estudo do tipo inquérito (via internet), sobre vários aspectos da empregabilidade dos recém-licenciados nos anos de 2010 e 2011 e 2012.
Achamos importante avaliar as seguintes variáveis de forma a obter respostas concretas e necessárias a uma reforma educativa do sector veterinário em Portugal:
1. Numero de graduados em cada ano escolar por instituição académica e o Numerus clausus do ano graduado;
2. Dados estatísticos descritivos e completos da qualificação académica final dos graduados por instituição;
3. Recém-licenciados empregados no primeiro ano após conclusão do estágio obrigatório (EO).
3.1. Sector de empregabilidade, contemplado no domínio de funções veterinárias
4. Recém-licenciados com EO e em estágio profissional no primeiro ano laboral;
4.1 se renumerado ou não
4.2 Valor da renumeração
5. Recém-licenciados desempregados no primeiro e/ou segundo ano após conclusão do EO;
6. Recém-licenciados com EO empregados em outros sectores não considerados do domínio de funções veterinárias
6.1 Indicação de sector
7. Recém-licenciados com EO desempregados e não envolvidos em formação avançada (Masters profissionalizantes, Doutoramento, residências de formação especializada)
7.1 com menos de 6 meses de desemprego
7.2 com mais de 6 meses de desemprego
8. Recém-licenciados envolvidos em formação avançada (Masters profissionalizantes, Doutoramento, residências de formação especializada)
10. Recém-licenciados que iniciaram formação académica em outras áreas profissionais diferentes da veterinária ou sector veterinário.
(nota: o novo acordo ortográfico pode não ter sido considerado neste texto)
Os signatários
