Petição GPL na Região Autónoma da Madeira

GPL na Região Autónoma da Madeira

O gás de petróleo liquefeito (GPL) releva ser a melhor alternativa aos tradicionais combustíveis rodoviários. O GPL é destilado do petróleo, tal como a gasolina ou o gasóleo, sendo o último combustível a ser extraído do crude. Na verdade, trata-se de uma mistura de dois gases, propano e butano, que são sujeitos a uma pressão de 7 bar, para passarem à forma líquida. É um combustível com 100 octanas, menor percentagem de enxofre do que a gasolina, sem chumbo e que não necessita de aditivos para aumentar a sua performance. Tem apenas um aditivo, o etil mercaptano, que lhe dá um odor para ser mais facilmente detetado, em caso de fugas.

Ambiente

O GPL tem uma combustão mais completa, é menos poluente do que a gasolina e o gasóleo. A sua queima emite essencialmente dióxido de carbono, monóxido de carbono e vapor de água, em valores muito mais reduzidos quando comparado com outros combustíveis (redução de 75% no monóxido de carbono, de 10% no dióxido de carbono, de 85% nos hidrocarbonetos não queimados, de 40% nos óxidos de azoto, de 85% nos gases que atacam a camada de ozono e de 90% de partículas de fuligem).

Segurança

Sempre que há uma mudança de combustível na indústria automóvel, levantam-se questões de segurança, na maioria dos casos sem grande justificação. Quando o vapor deu lugar à gasolina, considerava-se um perigo um veículo circular com um depósito cheio de líquido altamente inflamável. Mais recentemente, relativamente aos veículos elétricos, considerou-se a possibilidade de os ocupantes serem eletrocutados, em caso de acidente. Também o GPL levantou dúvidas, neste caso por ser um produto armazenado num depósito sob pressão. A verdade é que o depósito é feito em aço e é sujeito a testes de colisão, de incêndio e de pressão antes de ser homologado. Além disso, tem várias válvulas de segurança, que impedem as fugas de GPL. O depósito tem ainda um sistema que o impede de ser abastecido em mais do que 80% do seu volume, para existir sempre 20% de volume disponível, que funciona como câmara de expansão em caso de aumento de temperatura, quando o combustível passa de líquido a gasoso.
Em Portugal subsiste a lei que proíbe o estacionamento em parques públicos fechados, apesar de já não existir uma razão técnica de segurança que o justifique. Entretanto, aguarda-se a alteração da lei, como já aconteceu noutros países.

Adaptação

Qualquer veículo a diesel ou gasolina pode ser transformado, ou seja, passar a funcionar a gás através da instalação de um kit de conversão.
Outra alternativa são os modelos novos, os chamados “bi-fuel”, que obviamente não necessitam de qualquer conversão.

Poupança

O valor do GPL está situado entre os 0,67 e 0,83 cêntimos, pelo que facilmente se conclui uma redução direta nos custos com combustível.
Para o exemplo de um veículo a gasolina que percorre anualmente 20.000 km/ano, com uma média de 9 L/100 km, temos os seguintes valores:
Valor GPL: 0,80€ | Valor Gasolina RAM: 1,73€

Litros Gastos a gasolina: 1.800

Litros Gastos a gpl (aumento de 10%): 1.980

Gastos totais ao ano a Gasolina: 3.114€

Gastos totais ao ano a GPL: 1.584€

Poupança por ano: 1.529€

Poupança por mês: 127,49€


Região Autónoma da Madeira

Ao contrário do que sucede em Portugal continental, a Madeira não dispõe de nenhuma bomba de abastecimento para veículos a GPL, um combustível que custa menos de metade do preço da gasolina e que é muito menos poluente.
Empresas distribuidoras de gás na Madeira estão capacitadas para proceder ao fornecimento imediato de GPL para uso automóvel, faltando apenas a existência de pelo menos uma bomba de abastecimento.

Curiosidades

• O depósito de GPL é mais inseguro? Não. É feito em aço e teve de passar por vários testes de colisão e de incêndio, antes de ser homologado. Armazena o GPL a uma pressão de 7 bar, mas foi testado a 30 bar.
• Há maior risco de explosão? Não. Só para dar um exemplo, o GPL é injetado no motor a uma pressão de 1 bar, enquanto a gasolina precisa de uma pressão três vezes superior.
• Decreto-Lei nº 136/2006 de 26 de Julho de 2006

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