Petição Para a Regulação do Mercado
Para: Assembleia da República
Face à actual situação económica e no intuito de tentar inverter a falência do comercio local e nacional venho alertar para uma situação grave que tem vindo a provocar o descrédito e a pôr em causa a idoneidade do comercio especialista.
É completamente impossível continuar a compactuar com atitudes desprezistas. A falta de estudos de mercado que causou a grande proliferação de grandes superfícies comerciais, veio provocar um desequilíbrio na economia e a consequente insolvência ou falência das pequenas e micro empresas. Começou a haver um excesso de consumo desenfreado, aumenta o desemprego a desigualdade social o crédito mal parado e o consequente aumento de criminalidade.
Para que haja uma economia saudável a oferta nunca pode ser muito superior à procura e na situação actual existem demasiados espaços comerciais muito desproporcionais à população e ao poder de compra. A situação no Algarve que vive praticamente do turismo aleada ao fraco poder de compra, tem vindo a piorar e a prova disso é que esta é a zona em que mais tem aumentado o desemprego e a falência de micro empresas. Por outro lado é a região onde se têm implantado mais e as maiores lojas.
A politica seguida pelo governo de apoio à grande distribuição não deve continuar. Deve ser estabelecido um limite à semelhança do que acontece noutros países nomeadamente em França e Espanha. Não só não deve ser permitido vender abaixo do custo como deve ser decretada uma margem mínima sobre o preço da factura, e deve ser estabelecido um patamar quanto ás mais valias. É completamente impossível uma pequena empresa subsistir com as condições actuais. Os preços que são praticados pela grande distribuição são insuportáveis pelas PME ou pelas micro empresas e prejudicam grandemente as empresas fornecedoras ou fabricantes que vêm a sua margem de lucro estrangulada. Esta atitude de mercado induz a intenção de criação de monopólio, e a concorrência desleal e dumping. Não deve ser considerado leal quando as oportunidades de mercado e as mais valias são um dado adquirido apenas por alguns e este é utilizado no intuito de eliminar a concorrência.
1. No contracto de fornecimento as empresas pagam cerca de 400.000 euros ou valores muito superiores no caso da alimentação ás cadeias de lojas de Hipermercados.
2. Para colocação de expositores ou outro material de apoio nos Hipermercados o espaço é pago pelas empresas fornecedoras.
3. As empresas fornecedoras colocam pessoal dentro dos hipermercados pagos pela empresa para reposição e demonstração, os Hipermercados não criam mais postos de trabalho para o fazerem.
4. Se a empresa quiser dar mais destaque ao artigo é colocado em topo das prateleiras ( chamado topo de gôndola) e esse espaço é pago pelos fornecedores.
5. Os catálogos ou folhetos dos Hipermercados são pagos na integra pelos fornecedores que tiverem os seus artigos lá expostos.
6. Ao fim do ano beneficiam do rapel, que é um desconto adicional proporcional ás compras que fizeram durante o ano.
7. Beneficiam de descontos de campanha
8. Têm protecção de stock, que engloba a devolução dos artigos que não venderem.
Todas estas mais valias são rebatidas no preço base apresentando um preço de venda ao público muito abaixo do preço de factura e o consequente descalabro nas contas pois as PME e Micro empresas não trabalham com as mesmas condições. È urgente que se faça algo pela economia e pelo bem-estar dos contribuintes, a criação de riqueza é a única solução que potenciaria o bem-estar e o equilíbrio das contas das empresas. Uma política corajosa que tenha como objectivo a criação de riqueza da população é um passo no futuro e uma aposta nos contribuintes e nos jovens e todas as medidas que forem tomadas nesse sentido são uma mais valia para o estado, se houver criação de riqueza logo aumenta o consumo e as receitas dos impostos indirectos.
Num estado democrático como o nosso devemos lutar por igualdade de direitos e por liberdade de escolha.
O consumidor deve ter o direito e a liberdade de escolher onde quer fazer as suas compras sem que para isso seja confrontado com uma disparidade de preços que desmotivam a compra e que criminalizam o comércio especializado.
Deve ser obrigatório praticar uma margem minima acima do custo sem retirar todos os descontos ou mais valias.
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