Petição CONTRA O PAGAMENTO DA FORMAÇÃO CONTÍNUA DE PROFESSORES
Para: Docentes de todos os graus de ensino
Vem começando a ser prática corrente, em alguns centros de formação contínua de professores, a exigência de pagamento da frequência de ações acreditadas. Todos nós conseguimos facilmente adivinhar o que está subjacente a essa tentativa: passarmos também a pagar a nossa formação contínua.
Os docentes jamais puseram em causa a necessidade dessa formação ou a importância da sua valorização profissional, pese embora o facto de frequentarmos as ações muitas vezes fora do horário laboral, aos fins de semana, com os consequentes constrangimentos quer económicos quer familiares.
A obrigatoriedade de frequência e a progressiva deterioração das condições económicas dos professores reforçam ainda mais a necessidade do ministério assegurar o direito à gratuitidade da formação que nos exige, à semelhança do que acontece nas outras atividades profissionais.
Ao Centro de Formação da Associação de Escolas do Planalto Beirão exigimos, por isso, que respeite esse princípio de gratuitidade. Se a tutela não tem forma de financiar os centros, não podemos permitir que o faça à custa dos docentes, dia para dia espoliados escandalosamente dos seus mais elementares direitos.
Que seja repensada, se for caso disso, a forma de financiamento dos centros de formação ou encerrem-nos definitivamente. Não há dinheiro, não há formação!
Os signatários desta petição, caso tal atitude se mantenha, recusar-se-ão a frequentar ações pagas no referido centro, procurando outras formas de acreditação, como por exemplo, o recurso a ações gratuitas de outros centros.
Outubro de 2012
