Petição Kony 2012 - Intervenção da ONU
Para: Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas
Após a criação do vídeo “Kony 2012”, a Internet estremeceu com a enchente de perguntas, manifestações de apoio e acusações sobre o tema do vídeo. Quem é Joseph Kony?
Nascido no Uganda, Kony é o líder do Exército da Resistência do Senhor (Lord’s Resistance Army ou LRA), um movimento de guerrilha extremamente violento que opera no norte de Uganda, no Sudão do Sul, na República Democrática do Congo e na República Central Africana. O LRA é acusado de inúmeras violações dos direitos humanos, incluindo assassinato, rapto, mutilação, escravidão sexual e forçar crianças a ser soldados.
Criado em 1987, o LRA era inicialmente uma divisão e uma continuação do movimento de resistência armada travada pelo povo Acholi contra o governo do Uganda, que marginalizava os Acholi em favor de grupos étnicos do sul do Uganda. Ideologicamente, o grupo é uma mistura do misticismo africano, do nacionalismo Acholi, do Islamismo e do fundamentalismo cristão. Kony afirma estar a lutar pela criação de um Estado teocrático baseado nos Dez Mandamentos e nas tradições Acholi.
Desde 1987, acredita-se que Kony tenha recrutado entre 60.000 e 100.000 crianças-soldados e desalojou cerca de 2 milhões de pessoas em toda a África Central. O LRA é uma das organizações estrangeiras designados como terrorista pelos Estados Unidos e Joseph Kony e os seus tenentes são procurados pelo Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra e crimes contra a humanidade.
Surgiram, no entanto, acusações de que a recente chamada de atenção para este assunto é uma fachada para que grandes potências ocidentais tenham pretextos para enviarem tropas para a região da África Central, em especial o Uganda onde foram descobertas vastas reservas de petróleo. Explico, pois, o que levou à criação do movimento “Kony 2012”.
A acção da Invisible Children nasce com a viagem empreendida pelos seus membros fundadores ao Uganda, onde entraram em contacto com a situação através do testemunho de várias crianças, entre as quais se destaca Jacob. Quando regressaram aos EUA, os jovens realizadores decidiram iniciar um movimento de consciencialização da população mundial, que despertasse a Humanidade para as atrocidades cometidas pelo LRA. Pedindo às pessoas que apelassem aos seus governos para que houvesse uma intervenção activa na região da África Central, a Invisble Children conseguiu recentemente que o governo americano concordasse em enviar 100 conselheiros militares para ajudarem as tropas dos países da região a encontrarem o grupo de comando do LRA.
A intervenção do governo americano é, no entanto, suspeita de ser guiada por interesses económico-financeiros, pelo que aqui apelamos a algo maior. O Conselho de Segurança das Nações Unidas reúne-se em Junho e pretendemos estar lá com milhares (talvez milhões) de assinaturas a representar Portugal, pedindo uma resposta urgente para as atrocidades que continuam a acontecer na África Central.
Por favor, junta-te à mudança, prova que o povo pode unir-se e exigir um mundo melhor para todos! Assina a petição para a intervenção das forças militares da ONU na região da África Central, de forma a pôr um fim a movimentos como o LRA e a evitar acusações de acção sob os interesses de determinados países. Que este seja a primeira de muitas vezes em que o povo faz valer os Direitos Universais da Humanidade em pleno!
