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Petição Responsabilização dos promotores da campanha do Pingo Doce de 1 de Maio de 2012

Para: Assembleia da República

A polémica campanha do 1 de Maio de 2012 da cadeia de supermercados Pingo Doce, do grupo Jerónimo Martins, demonstrou, entre outras coisas, uma enorme falta de respeito pela dignidade dos consumidores, dos trabalhadores e do povo português, por variadas razões entre as quais as abaixo apresentadas:

1) Houve um aproveitamento propositado e malicioso do estado de pobreza de muitos consumidores e consumidoras para realização de uma experiência de gestão e de marketing da empresa, tendo como ponto de partida conhecimentos de psicologia social sobre os fenómenos grupais. Os consumidores foram perversamente utilizados como cobaias de laboratório.

2) Houve uma falta de respeito para com os trabalhadores e trabalhadoras da empresa e de outras empresas que prestam serviços nestes estabelecimentos comerciais, negando-lhes ou dissuadindo-os do direito do Dia do Trabalhador, obrigando-os a uma carga de trabalho mais pesada, em condições sub humanas.

3) Não foram dadas condições aos consumidores para a entrada nos estabelecimentos nem para o processo das compras e de pagamentos, faltando gravemente ao compromisso que a empresa tem com os consumidores e que promove na sua publicidade, desta forma: “num ambiente de compra agradável com a garantia de elevada segurança alimentar e de um bom serviço ao cliente". Houve uma clara falta de cumprimento do contrato com os consumidores e de publicidade enganosa.

A atitude comercial da empresa Jerónimo Martins demonstra uma selvática relação entre detentores de grande capital e as pessoas a quem têm sido criadas expetativas e depois encurtados os ordenados e retirados direitos. Gozaram, humilharam e indignificaram a condição humana e a condição de pobreza.

Um dos conflitos exitente em torno deste problema tem-se colocado entre o aproveitamento ou não de uma promoção comercial. A questão de fundo é que esta promoção não deveria ter sido realizada desta forma, escondida e animalesca. A empresa Jerónimo Martins testou os limites dos seus consumidores e das pessoas em geral. Podia e devia ter tomado outras opções que não contraíssem num só período de um só dia este "chamariz", evitando o sofrimento das pessoas e falta de respeito para com os seus clientes.

Temos de nos perguntar:

É assim que queremos viver? Que mundo deixamos aos nossos filhos? Que amigos teremos no futuro se é a ganância que impera? Deixou a vida de ter dignidade?

Num contexto de economia de mercado completamente desregulado há lugar para mais e maiores operações maquiavélicas deste género. Perante esta barbaridade não podemos ficar indiferentes. É preciso punir severamente e exemplarmente quem humilha os seus semelhantes, quem oprime por detrás da condição de riqueza de que é portador, trespassando sem escrúpulos qualquer moral e ética empresarial e humana. Têm de ser punidos severamente os/as responsáveis. Isto é: as pessoas que estão por detrás desta operação e não a empresa em si, que uma somente uma figura jurídica.

Trata-se de um crime contra a moral e ética que norteiam a nossa vida em sociedade, Trata-se de um crime contra a humanidade.

Como tal, não pode somente ser analisado enconomicamente. Tem de ser seriamente discutido na Assembleia da República ou mesmo em instâncias superiores da União Europeia, pelo menos.

Esta petição pede a discussão séria deste assunto na Assembleia da República e a tomada de uma medida política governativa contra crimes de humilhação e opressão desta natureza que aprofundam não só o poço existente entre pobreza e riqueza humana, como também retiram dignidade às pessoas, aos consumidores e aos cidadãos.

Se concorda com os fundamentos da petição, assine e divulgue-a. Temos de acordar as consciências. Juntos recuperaremos a dignidade dos cidadãos e cidadãs de Portugal.



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Esta petição foi criada em 02 maio 2012
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