Mais espaço nos mídia para divulgação de iniciativas de cidadãos e O.N.G.s e mais jornalismo de intervenção/investigação por causas humanitárias, animais e ambientais nacionais e internacionais
Para: Direcção de programas e informação dos mídia nacionais e internacionais
Exmos(as) senhores(as):
O jornalismo que se pratica nos últimos tempos deixa muito a desejar. Isto porque ser jornalista não é mesma coisa que ser agente de marketing e como tal, ver um jornalista ocupar tempo de antena em horário nobre a publicitar a nova novela do seu canal não é jornalismo, anunciar, ainda por cima nos destaques dos noticiários, a visita da namorada de Cristiano Ronaldo a Portugal não é jornalismo para levar a um noticiário; é do âmbito da imprensa cor-de-rosa,muitas noticias fait-divers que por vezes passam ou sem grande interesse para a opinião pública ocupam espaço que seria precioso para reportagens/investigação jornalística que trouxessem à luz muitas injustiças, abusos, crueldades (não só sociais como animais, humanitárias e ambientais: nacionais e internacionais)que aos seus perpetradores muito convêem...é no silêncio e sombra do desconhecimento que acontecem os maiores sofrimentos, as maiores injustiças, as maiores crueldades, abusos,que ao serem desconhecidos da maioria, por vezes até é essa maioria, sem saber, que as fomenta. Um exemplo disso é o uso indiscriminado que as pessoas em geral fazem dos sacos de plástico e do outro lado do mundo o chamado "great Pacific patch", também chamada plastic soup (sopa de plástico), mata crias de albatroz à fome alimentadas erroneamente pela progenitora com pedaços de plásticos que ela confunde com pequenos peixes, é o que sucede com o consumo exagerado de carne e sobretudo a carne barata, que tem como reverso o intenso sofrimento dos animais por vezes criados em celas onde não se podem mexer e sem estimulos mentais de espécie nenhuma, enlouquecem a cada dia, apresentam comportamentos estereótipados e reacções de pânico ao minimo som estranho, é o que sucede com certas marcas de produtos que medram na base do trabalho escravo de crianças sem descanso nem infância, é o caso de associações de apoio a inocentes como doentes de paralisia cerebral, ou deficientes profundos,que sem verbas nem publicidade às suas tentivas de angariar fundos correm o risco de fechar portas deixando os inocentes que ajudam em situação dramática, é o que acontece com idosos que são agredidos e passam fome e são ofendidos em lares que realmente careciam de reportagens bem orquestradas para revelar estas verdades ocultas.
Quando em Timor morriam pessoas aos centos por serem um projecto de país humilde toda a gente sabe como foi determinante a intervenção dos mídia para resolver o que por lá se passava. Eu creio que nenhum jornalista desconhece esta grande verdade: o jornalismo, os mídia são o 1º poder, a política é apenas o 2º até porque já no passado, jornalistas derrubaram governos incompetentes.
Posto tudo o referido há uma outra realidade que aliada a estas ainda é menos compreensivel: a forma como são esmiuçadas até à nausea certas noticias mais bombásticas, esmiuçadas até ao mais detalhado dos detalhes mas no final em que é que essas "preciosas" informações mudaram o mundo? nada!o que acrescentam? nada! ou melhor: audiências... infelizmente, embora se deva dizer que esta queixa começa a ser geral e as pessoas começam a perceber tudo o que refiro aqui.Os nossos noticiários são dos mais longos da europa (e se calhar do mundo) o que não acho nada mal, bem pelo contrário: deveriam ser mais longos para dar espaço a tudo o que referi! mas ocupá-los em metade ou quase com futebol, detalhado e esmiuçado até se tornar caricato pelo número de entrevistados e falta de conteúdo e interesse do que dizem (a chamada vox populi) é informar? A atenção que dizem dar ao "desporto" é algo falsa porque existem muitos desportos que nunca são referidos o que é injusto, e existem muitos homens a quem estas noticias podem interessar mas o mundo não é só masculino e a maioria das mulheres tem simplesmente que "levar" com estas noticias queira ou não, tendo em conta que há mais população feminina que masculina não percebo o destaque excessivo dado a estas noticias. Como diz o ditado popular: "ou há igualdade ou comem todos!" ou seja: ou fazem um programa a seguir ao telejornal só com desportos e então esmiuçam o que não esmiuçaram nos noticiários ou continua-se a desperdiçar tempo de antena.
Os fait-divers de que falei, noticias tipo "curiosidade" são agradáveis até mesmo para desanuviar mas nesse caso façam os noticiários mais longos e continuem então a premiar-nos com essas noticias.Creio que ninguém ficaria incomodado, bem pelo contrário, com noticiários mais longos. Grande parte da população refere os noticiários como o único programa que ainda interessa ver nas televisões generalistas ou de serviço público em Portugal.
O grave de tudo isto é que ainda continuamos a pagar 3 euros e mais em taxa de audiovisuais para que os próprios se foquem na guerra das audiências e em caminhos fáceis em vez de cumprir a sua principal e briosa missão: informar realmente, formar consciências e opinião pública e como em todas as profissões: serem realmente úteis à sociedade. É preciso que haja brio profissional, honra profissional. É compreensivel face à situação actual do país, que as pessoas obedeçam o mais que possam à entidade patronal, não "levantando muitas ondas" , não indo muito contra-corrente para manter o emprego: afinal os jornalistas têem familia, os apresentadores também, porém a união neste sector e os sindicatos do mesmo poderiam ser a solução, mas também ouvir as populações e conhecer melhor a realidade.
Assim, os abaixo-assinados vêem requerer:
1-Mais espaço nos mídia; noticiários e programas de grande audiência e em horário nobre, para reportagens de investigação, de especiais de informação sobre tudo o referido acima e mais que haja na mesma lógica: de revelar abusos, injustças e crueldades sobre pessoas, animais e ambiente para que os seus perpretadores não vinguem e medrem nos seus maus actos na sombra do desconhecimento, no silêncio e ocultação que tanto lhes convém. Também espaço para a divulgação de iniciativas (de angariação de fundos e de afirmação) de cidadãos anónimos por causas justas e prementes que mereçam atenção e de organizações não governamentais de ajuda humanitária, animal e ambiental.
2-Caso os noticiários não sejam suficientes, inserir espaço também em programas de grande audiência ou criar programas próprios para este fim, de divulgação, inserir reportagens em horário nobre onde se revelem as realidades referidas (implica estudo e pesquisa; logo, haja investimento nessas áreas)ou mesmo, quando não seja suficiente: menções em rodapé ou 3 minutos no programa para estes fins ou então que haja justiça e se o não querem fazer: deixarmos de pagar taxa de audiovisual...
3-Espaço nos mídia em horário nobre para educação civica e ética: ainda há no país quem cause incêndios por lançar beatas de cigarro acesas pela janela do carro, quem não respeite a lei do silêncio e incomode os vizinhos a altas horas, quem abandone animais, quem tenha preconceitos e ceda a estigmas em relação às diferenças etc. Vamos fazer deste um país realmente europeu e civilizado/avançado.
4-Mais espaço para noticias e atenção ao interior do país que está desertificado mas também ignorado.
5-Mais programas edificantes e com bons guiões.
Gratos pela atenção.
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To all mass media in the world:
The undersigned ask for a bigger involvement in making a better world by concerning less on audience ratings and more on denouncing environmental, human and animal abuses worldwide. Out of public eye and opinion many animals , many innocent people, suffer alone and in silence. Away from public eye and opinion every day an animal becomes extinct , billions of trees are cut off, rivers are polluted by greedy business men with their factories and nobody does a thing because serious situations are not shown or not shown enough...
The media could start aid campaigns: local and worldwide! solidarity phone numbers that you could start so that by calling, the call cost would be for a fund raising for animal, environmental or human cause, you could sponsor live aids (concerts) by moving influent people, you could give space in your TV time for free of charge campaigns for environmental causes: fund raising, education etc, or for animal causes (to change mentalities)or humanitarian causes. Everybody knows the power of the mass media. everybody knows the dangerous times we live in: economically , socially, and in terms of environment! as the most powerful power of all, the media have the responsibility of helping us all in society: we make you! make us a better world, or at least try please.
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Assinaram a petição
33
Pessoas
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