Petição para a reparação e restabelecimento urgente do trânsito na Ponte Rainha Dona Amélia
Para: Câmara Municipal do Cartaxo, Câmara Municipal de Salvaterra de Magos e Governo de Portugal
Na sequência do encerramento ao tráfego rodoviário da centenária Ponte Rainha Dona Amélia, que, atravessando o Tejo, liga os concelhos do Cartaxo e Salvaterra de Magos, e das notícias subsequentes que revelaram a impossibilidade legal de avançar para a sua reparação urgente, os signatários desta petição vêm por este meio solicitar às autoridades responsáveis, Câmara Municipal do Cartaxo, Câmara Municipal de Salvaterra de Magos e ao Governo de Portugal, que reúnam esforços com vista a reabrir esta via fundamental à população local, o mais rapidamente possível.
Esta ponte, inicialmente ferroviária, foi adaptada ao trânsito rodoviário há pouco mais de oito anos. Esta adaptação foi custeada pelo Ministério das Obras Públicas, tendo depois sido assinado um protocolo entre os dois municípios envolvidos, Cartaxo e Salvaterra de Magos, para cuidado e acompanhamento das inspeções à referida estrutura, sendo também parceiro o Ministério das Obras Públicas.
Neste contexto, parece-nos claro que a adaptação desta infraestrutura à circulação rodoviária foi efetuada há relativamente pouco tempo. Contudo, o descuido das autoridades responsáveis pela sua manutenção, a permissividade no controlo do trânsito nesta via, que tolerou a circulação de viaturas proibidas, e a irresponsabilidade de alguns cidadãos que deliberadamente a atravessaram sucessivamente em veículos não permitidos, é que levou à situação atual.
Tendo em conta estes pressupostos, destacamos os seguintes prejuízos, que têm tendência a agravar-se com o prolongamento desta situação e que põem em causa os direitos da população:
• Prejuízos económicos que afetam claramente o comércio, a industria, o turismo e a agricultura local;
• Custos suplementares em combustível para os cidadãos que têm necessidade de atravessar o Tejo diariamente para se deslocarem para o seu local de trabalho, uma vez que as alternativas mais próximas ficam a uma distância considerável, Santarém e Carregado;
• Acesso a bens fundamentais, como pão, para algumas aldeias limítrofes cuja distribuição do mesmo dependia desta via;
• Quebra de acesso e laços de afeição entre as populações de ambas as margens do Tejo;
• E acesso a serviços fundamentais como escolas, cuidados de saúde, apoios à terceira idade, serviços culturais e outros.
Os claros prejuízos sociais e económicos para toda a região que esta situação está a provocar, estão constantemente a comprometer o desenvolvimento global da região. Deste modo reforçamos o pedido urgente para a concertação de esforços com vista a reparar e restabelecer o mais breve possível o trânsito rodoviário na Ponte Rainha Dona Amélia.
Gratos pela compreensão