Petição Henrique Medina Carreira a Presidente da República
Para: Assembleia da República
Henrique de Medina Carreira, é o candidato ideal para ser nosso Presidente, já!! Com ele podemos ter a mudança e a Justiça que tanto queremos ver desde há alguns anos.
Henrique de Medina Carreira, frequentou o Instituto Militar dos Pupilos do Exército, onde obteve o bacharelato em Engenharia Mecânica, iniciando a sua vida profissional como técnico fabril de fundição de aço. Posteriormente, ingressou na Universidade de Lisboa, onde se licenciou em Direito, em 1962. Chegou também a fazer estudos de Economia, no Instituto Superior de Economia e Gestão.
É o criador e participante no programa Plano Inclinado, transmitido no canal de televisão por cabo SIC Notícias. Tem vasta obra publicada, nomeadamente sobre fiscalidade, sendo nessa matéria um reconhecido especialista.
Desde há alguns anos tem vindo a reportar toda a confusão política, as más decisões do Governo, avisou várias vezes que da forma como estavam a gerir este país, mais cedo ou mais tarde estourava e defende que a maior urgência é rever o sistema político.
“Só vejo uma maneira de libertar o sistema desta tutela dos partidos: um presidencialismo, à americana. Porque o presidente é melhor do que o chefe de governo? Não. Porque é mais independente dos partidos.”
”Com os partidos como estão e a arquitectura constitucional que nós temos este país está votado ao insucesso. Não é que este regime tivesse impedido o dinamismo do país. Mas não controlou aquilo que era essencial - a despesa pública. Isto é responsabilidade do poder político e sobretudo de José Sócrates. Qualquer pessoa que fizesse duas continhas percebia que isto estava a caminho do estoiro.”
“Se o Governo não negociar com a troika a ampliação do prazo de três para seis anos, não vejo como é que será possível” fazer o ajustamento macro económico acordado com a UE, o BCE e o FMI, disse Medina Carreira, o único orador do encontro promovido pela Ordem dos Economistas onde falou sobre o tema “A Decadência do Ocidente”.
“Mas se o prazo for ampliado para seis anos acho que teremos condições para arrumar a casa”, concluiu. Medina Carreira voltou a chamar a atenção para a necessidade de o Governo criar um quadro favorável à captação de investimento estrangeiro (com menos burocratização, maior competitividade fiscal), mas sem que defina os sectores que devem beneficiar desse investimento, o que é essencial para “Portugal sair da crise em que se encontra”.
Apesar da boa opinião que diz ter do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e do ministro das Finanças, Vítor Gaspar, Medina Carreira considera que a estratégia de privatizações do Governo “é um disparate e que não a compreende”. “O Governo quer ganhar competitividade vendendo a investidores estrangeiros posições que o Estado detém nas grandes empresas monopolistas e onde antecipa arrecadar seis mil milhões de euros“. “O Estado vai perder os rendimentos que essas empresas geram anualmente“ e “daqui a seis meses” Portugal “não terá activos, não terá rendimentos e estará na mesma situação”. Os seis mil milhões, assegura, “não resolvem nenhum problema”.
O orador voltou a evidenciar que na base dos problemas europeus está a “desindustrialização e a transferência de riqueza dos países da OCDE para os emergentes”, nomeadamente para a China. Uma tendência que em Portugal se registou de modo intenso, pois “após a entrada na UE, o país prosseguiu uma estratégia de destruição da sua indústria, pelo que passámos a importar tudo” e deixámos de ter “bens para exportar”.
“Pensei concorrer à Presidência da República”
“Há cerca de dois anos pensei concorrer à Presidência da República, mas não era para ganhar. Era só para poder discutir estes temas”, confessou Medina Carreira, alegando estar a revelar pela primeira a intenção. Perante uma plateia de cerca de 80 pessoas contou que se pôs “a pensar e tinha que ter uma equipa de cinco ou mais pessoas e era tudo complicado.”
“A pior desgraça que nos aconteceu” foi a “profissionalização dos políticos”, e cada geração “é pior que a anterior”, disse. Mas também o actual sistema eleitoral que não favorece a responsabilização dos eleitos perante os eleitores. “Devíamos apostar em círculos uninominais”, onde os cidadãos elegem pessoas concretas, e num “sistema presidencialista”. “Os partidos não querem, pois deixam de mandar” e perdem ainda “margem de manobra” para nomearem “os amigos”.